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Fusões e aquisições do setor caem 44% no 1º semestre

Estudo da KPMG indica 19 operações entre empresas de energia realizadas desde janeiro de 2025

7 de agosto de 2025

Denise Luna

As empresas de energia elétrica realizaram 19 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano, queda de 44% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram fechados 34 negócios. O estudo é feito trimestralmente pela KPMG com 43 setores da economia.

Com relação ao tipo de transação concretizada, a maioria, ou 11 operações, foram realizadas entre empresas brasileiras. Cinco envolveram empresas estrangeiras adquirindo capital de outra estabelecida no Brasil. Outras três foram feitas por brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior; brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de organização estabelecida no País; e estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil.

“Em comparação com o semestre passado, foi constatado que o mercado interno teve uma desaceleração e houve uma queda no número de operações domésticas. Isso impactou o resultado total do semestre, esse movimento foi impactado pelo alto nível das taxas de juros, o que tem impactado no retorno de projetos”, analisa o coordenador da pesquisa e sócio da KPMG, Paulo Guilherme Coimbra.

Em queda

De maneira geral, as empresas brasileiras realizaram 739 operações de fusões e aquisições no primeiro semestre deste ano. Esse número representa uma queda de cerca de 5% em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram concretizados 776 negócios.

O estudo apontou ainda que houve um aumento na quantidade de transações em que investidores estrangeiros compram empresas brasileiras. No primeiro semestre deste ano, foram 199 operações, contra 178 no intervalo equivalente de 2024, um acréscimo de quase 12%.

O mesmo movimento ocorreu nas operações em que organizações brasileiras adquiriram outra estabelecida no exterior, passando de 47 nos primeiros seis meses do ano passado para 58 este ano, uma alta de 23%.

“De forma geral, o cenário de fusões e aquisições permaneceu estável, apesar de questões globais geopolíticas e fiscais no mercado interno. Por outro lado, as operações domésticas, envolvendo apenas investidores brasileiros, tiveram uma queda, apontando que o mercado interno sofreu uma pequena retração no período, ocasionado pelas altas de juros e discussões fiscais”, finaliza Coimbra.

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