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29 de outubro de 2025
Por Geovani Bucci
São Paulo, 29/10/ 2025 – A segurança pública segue no topo das preocupações nacionais, apontada como o principal problema do País por 37% dos brasileiros, segundo pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira, 29. Em seguida aparecem a economia (16%), a corrupção (11%) e as questões sociais (11%).
O levantamento da Quaest em parceria com o Centro Internacional de Gestão Pública e Desenvolvimento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) mostra que o tema atravessa todas as regiões e classes sociais, refletindo uma percepção crescente de insegurança. Mais da metade dos entrevistados (51%) afirma já ter sido assaltada, roubada ou furtada alguma vez na vida, e 8% relatam ter sido vítimas mais de uma vez, com maior incidência na região Norte (72%). No entanto, é no Sudeste e no Nordeste – as regiões mais populosas – que a maioria da população aponta a questão como maior problema.
Nacionalmente, a sensação é de agravamento: 70% dos brasileiros acreditam que a violência e o crime organizado aumentaram no País no último ano, embora apenas 42% percebam crescimento na cidade onde vivem. Para 81% da população, trata-se de um problema nacional, enquanto apenas 16% o consideram restrito a determinadas áreas.
Os episódios recentes reforçam essa percepção. Entre os casos de maior lembrança estão o ataque de milicianos que queimaram ônibus no Rio (76%), o assassinato de um médico na orla carioca (70%), ações violentas de policiais em São Paulo (64%), casos semelhantes na Bahia (55%) e a atuação de facções criminosas no Rio Grande do Norte (54%). A megaoperação no Rio de Janeiro desta terça-feira, 28, é o mais novo episódio nesse sentido.
O estudo também aponta desconfiança generalizada nas instituições responsáveis pela segurança e pela justiça. A Polícia Militar (PM) é vista com desconfiança por 40% dos brasileiros – índice que chega a 46% no Nordeste -, enquanto o Judiciário é alvo de desconfiança para 46% dos entrevistados, alcançando 50% no Sul. Já a Polícia Federal (PF) e as Forças Armadas são as forças de segurança mais bem avaliadas, com 36% e 44% de “confio totalmente”, respectivamente.
Há divisão sobre o desempenho da Justiça na resolução da violência: 53% acham que o Judiciário não tem feito o que pode para enfrentar o problema, e 44% discordam. A pesquisa revela ainda uma postura punitivista quase unânime. 94% dos entrevistados defendem a redução da maioridade penal, e proporção idêntica apoia o aumento das penas para criminosos flagrados com armas pesadas.
O levantamento da Quaest foi realizado entre os dias 10 e 16 de novembro, com 2.007 entrevistas em todo o País. A coordenação é dos professores Felipe Nunes (Quaest) e Jorge Alexandre Neves (UFMG).
Contato: geovani.bucci@estadao.com
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