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Em grave crise financeira, desmobilização de ativos ajudará a economizar custos de manutenção
25 de junho de 2025
Por Circe Bonatelli
Os Correios colocaram em andamento um grande plano de venda de imóveis. Ao todo, são 66 unidades à venda, avaliadas em R$ 860 milhões, de acordo com informações compartilhadas pela estatal a pedido da Coluna do Broadcast. Em meio a uma grave crise financeira, a desmobilização dos ativos ajudará os Correios a economizarem custos associados à manutenção das edificações, bem como levantar recursos para outros fins. Para ser capaz de entregar correspondências e mercadorias em todo o País, os Correios detêm 2.369 imóveis, contando lojas, centros de distribuição e escritórios. Deste total, 66 estão sem uso, o que motivou a estatal a se desfazer deles. As alienações serão feitas uma a uma, por meio de licitação ou venda direta.
Uma das joias da coroa é o antigo clube dos carteiros, situado na Asa Norte de Brasília, à venda pelo valor mínimo de R$ 273 milhões. Os interessados devem enviar propostas até quinta-feira, 26. O empreendimento tem 14 edificações em um terreno de 212 mil metros quadrados (equivalente a 25 campos de futebol). O bloco central tem três pavimentos com auditório, salão nobre, salas de aula e restaurante. Na parte externa há três piscinas, cinco quadras de tênis, oito churrasqueiras e três campos de futebol, além de lanchonete e estacionamento. Segundo os Correios, o espaço já não vinha sendo frequentado e, portanto, não fazia mais sentido arcar com seus custos elevados.
Outro imóvel importante na lista é o prédio de escritórios de 17 andares em Salvador, na Avenida Paulo VI, bairro de Pituba. O negócio ali está disponível pelo lance mínimo de R$ 109 milhões. A lista com todos os 66 imóveis à venda está disponível no site: https://www.imovelcorreios.com.br/.
“A alienação de imóveis ociosos faz parte de um processo de gestão da carteira de imóveis próprios. O objetivo é reduzir custos e obter receita com a venda de ativos que não atendem mais o interesse da empresa para fins operacionais ou administrativos”, declarou a estatal, respondendo a perguntas por meio de nota. Não foi concedida entrevista.
Questionada se a venda tem relação com a série de rombos no balanço, a estatal negou. O prejuízo no primeiro trimestre deste ano foi de R$ 1,7 bilhão, o pior resultado para o período da série histórica, iniciada em 2017. No ano passado, o prejuízo foi de R$ 2,6 bilhões. “Sempre houve a aplicação e a execução dessa política [de vendas] na empresa. O que a gestão atual fez foi a reestruturação de sua carteira imobiliária, o que inclui processos de alienação”, justificou.
“Nessa revisão, estão à venda imóveis que não agregam mais valor aos negócios, redirecionando os recursos para investimentos, novas aquisições e projetos alinhados aos objetivos estratégicos da empresa”, acrescentou. No segundo semestre, por exemplo, os Correios vão lançar o seu marketplace, batizado de “Mais Correios”, que pretende concorrer com Mercado Livre, Amazon, Shein, AliExpress e Shopee.
Paralelamente às vendas de imóveis, os Correios buscam saídas para edifícios que foram símbolo da sua grandeza no passado, mas que se tornaram elefantes brancos, sem uma destinação há anos. A estatal firmou um acordo com a Prefeitura de São Paulo, em maio, para ceder o Palácio dos Correios, no Vale do Anhangabaú, centro da cidade, sem custos de aluguel.
O imóvel será usado pela Prefeitura como central do Smart Sampa, rede de câmeras de vigilância e reconhecimento facial voltada à prevenção de crimes. Questionados sobre a razão para não cobrar aluguel pelo edifício, os Correios explicaram que a Prefeitura ficou encarregada de bancar a manutenção e a reforma do espaço, o que “supera significativamente os encargos ordinários de ocupação”.
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