Com desafios geopolíticos na Rússia e falta de práticas sustentáveis na África do Sul, a Bravo Mineração surgem como uma alternativa promissora no Pará, colocando o Brasil no centro da cadeia
5 de março de 2025
Com desafios geopolíticos na Rússia e falta de práticas sustentáveis na África do Sul, a Bravo Mineração surgem como uma alternativa promissora no Pará, colocando o Brasil no centro da cadeia produtiva global de Platinoides capaz de suprir o mercado nacional e mundial. Empresa planeja investir em uma refinaria em Vila do Conde, impulsionando setores automotivos e agrícolas.
O anuncio de que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (SEMAS), do Pará concedeu a concedeu à Bravo a licença preliminar (LP) para seu projeto Luanga, (PGM: platina, ródio, ouro e níquel), foi durante a Convenção Anual da Prospectors and Developers Association of Canadá (PDAC), que aconteceu e 6 de março, em Toronto, no Canadá.
Presente no evento, o secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Bastos entregou a LP do Projeto Luanga, e na oportunidade assinou também com empresa um MOU, para acelerar as novas licenças visando construção do projeto.
O processo de licenciamento para empreendimentos de mineração no Brasil consiste em três etapas principais: a licença preliminar (“LP”), que já foi concedida, seguida pela licença de instalação (LI) e, por fim, a licença de operação (LO). Segundo a Bravo, A LP é o mais crítico, demorado e desafiador de garantir, pois define os parâmetros fundamentais do projeto e requer tanto a viabilidade ambiental quanto a aceitação social, ambos confirmados durante a audiência pública bem-sucedida em dezembro de 2024.
ALP prevê a extração e processamento de minerais metálicos, incluindo metais do grupo de platina, bem como para níquel, cobre e ouro. O LI subsequente é aplicado como pré-requisito para o início das atividades de construção, enquanto a licença final (LO) é concedida após a conclusão da construção e o início das operações.
“Garantir a licença preliminar para a Luanga marca outro marco importante para a Bravo, reforçando as fortes bases ambientais e sociais do projeto”, disse Luís Maurício Azevedo, presidente e CEO da Bravo.
Azevedo destacou que após a significativa atualização da Estimativa de Recursos Minerais, do projeto, a conquista da LI valida ainda mais o potencial de Luanga como um depósito de classe mundial. “Luanga está localizada a cerca de 30 km de uma mina de cobre-ouro e instalação de processamento que a maioria da equipe da Bravo liderou com sucesso desde a exploração até o licenciamento, a construção e as operações completas. O executivo destacou também que o projeto está inserido na Província de Mineral de Carajás, uma das mais ricas do mundo.
Mercado de Platinoides
Os Platinoides são elementos platina (Pt), paládio (Pd), raros e de propriedades únicas inicialmente utilizados em joalheria e, posteriormente, como catalisador uma peça responsável por neutralizar gases poluentes gerados pela combustão no motor dos veículos, o catalisador é extremamente importante para o meio-ambiente. Atualmente são produzidos apenas na África do Sul (60%), Rússia (30%), e Zimbábue (10%) em minas subterrâneas na maioria das vezes.
A crescente demanda por tecnologias verdes, como veículos elétricos e células de combustível, está impulsionando ainda mais a importância dos platinoides, já que estes desempenham um papel vital nos veículos tradicionais e nos híbridos que usam 50% a mais destes minerais. Com as dificuldades na criação de infraestrutura de abastecimento dos veículos 100% elétricos pelo mundo, e ênfase nos híbridos, os platinoides passaram a ter uma relevância ainda mais importante para os governos que passaram a os incluir na sua lista de minerais críticos. Contudo, o risco geopolítico da Rússia, e os entraves de infraestrutura do abastecimento e energético, e ausência de práticas sustentáveis da produção advinda da África do Sul, está fazendo a indústria automobilística buscar estes minerais em outros locais pelo mundo.
A Bravo mineração e o Projeto Luanga então assumem um papel importantíssimo para o Pará e o Brasil, como uma fonte enorme com capacidade de abastecer não só o Brasil, grande importador de 460.000 oz/ano U$550.000.000, para seus 2,3 milhões de carros produzidos anualmente, mas para toda indústria automotiva espalhada pelo continente americano que são hoje abastecidos pela Rússia e África.
A Bravo tem ambições maiores e quer produzir não apenas o concentrado, pretendendo de fato produzir os metais e quer construir um Smelter e uma Refinadora em Vila do Conde, e com isto atrair indústrias de catalisadores automotivos e também de fertilizantes, que se beneficiariam do seu subproduto, abastecendo agroindústria do Pará e Mato Grosso.
A Mina de Luanga localizada em Curionópolis com seus 8,1Km é a maior descoberta recente do planeta destes platinoides, descoberto pela Vale no início de 2000, o Projeto foi adquirido pela Bravo, e é controlado por brasileiros, mas sustentado por bancos e financiadores brasileiros, ingleses e canadenses.
A Bravo triplicou suas reservas em apenas 2 anos, apoiada, pela SEMAS. A companhia formada profissionais com experiencia local nasceu já com um programa de sustentabilidade, onde todos seus funcionários são acionistas e contam também com apoio da comunidade de Serra Pelada e Curionópolis, pois mesmo sem ainda extrair uma grama, vem apoiando programas sociais com mais de 200 crianças, e já plantou mais de 35 mil arvores, maioria de frutíferas nas sua vizinhança, todas doadas a população local mais carente, que passou com isto a contar com um complemento de renda.
A Bravo com apenas 2 anos foi reconhecida com melhor IPO de 2022 no TSX Canada e 2023 do OTC dos EUA, onde comercializa suas ações.
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