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Colegiado anunciou que antevê interrupção do ciclo de alta de juros, mas não hesitará em mudar de ideia
18 de junho de 2025
Por Cícero Cotrim, Célia Froufe e Fernanda Trisotto
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto porcentual na quarta-feira, de 14,75% para 15,00% ao ano, conforme previam 21 de 48 casas consultadas pelo Projeções Broadcast. A decisão foi unânime.
Com esta decisão, o Copom colocou os juros no maior nível nominal desde julho de 2006, no primeiro governo Lula, quando o colegiado cortou a taxa de 15,25% para 14,75% aa.
Desde setembro, o BC já aumentou a Selic em 4,50 pontos, o segundo maior ciclo de alta dos últimos 20 anos, perdendo apenas para a alta de 11,75 pontos porcentuais, entre março de 2021 e agosto de 2022, que ocorreu após o fim da pandemia.
No encontro de maio, o colegiado havia mencionado que, devido ao cenário de elevada incerteza em meio ao estágio avançado do ciclo de ajustes, haveria cautela adicional da atuação da política monetária.
No comunicado após a decisão, o colegiado anunciou que antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros para as próximas reuniões. Apesar disso, já adiantou que não hesitará em mudar de ideia e continuar com o aperto monetário caso avalie, no encontro de julho, que será a decisão mais adequada.
A decisão sobre a pausa, de acordo com o comunicado, se dará para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados. Assim, conforme a cúpula do Banco Central, será possível avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.
“O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, indicou a autoridade monetária.
O Comitê ainda indicou no comunicado da sua decisão que será necessário manter a taxa de juros em um nível significativamente contracionista por um período prolongado de tempo para assegurar a convergência da inflação à meta, considerando a desancoragem das expectativas.
“O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”, destacou o colegiado. “O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”, acrescentou.
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