Selecione abaixo qual plataforma deseja acessar.

Lula anuncia fundo do petróleo para financiar transição energética

Presidente disse ainda que conflito na Ucrânia reverteu anos de esforços para redução de emissões de gases poluentes

7 de novembro de 2025

Por Renan Monteiro, Karla Spotorno, Mateus Maia, enviados especiais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo vai estabelecer um fundo específico, concentrando recursos arrecadados com a exploração do petróleo, para projetos e ações visando a transição energética e o combate às mudanças climáticas. Desde ontem Lula participa da Cúpula do Clima, com líderes mundiais – evento que antecede a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

A premissa de uso de dinheiro do petróleo para políticas públicas é antiga, em grande parte já viabilizada no Fundo Social foi criado em 2010. Há pouco, Lula sugeriu um mecanismo novo. “Direcionar parte dos lucros com a exploração de petróleo para transição energética permanece um caminho válido para os países em desenvolvimento. O Brasil estabelecerá um Fundo dessa natureza para financiar o enfrentamento da mudança do clima e promover justiça climática”, declarou o presidente da República.

Armas versus clima

Lula disse que o conflito na Ucrânia reverteu anos de esforços para redução de emissões de gases poluentes. Para ele, gastar o dobro do que é destinado à mudança climática com armas é pavimentar o caminho para o apocalipse climático.

“O conflito na Ucrânia reverteu anos de esforços para redução de emissões de gases de efeito estufa e levou à reabertura de minas de carvão. Gastar com armas o dobro do que destinamos à ação climática é pavimentar o caminho para o apocalipse climático. Não haverá segurança energética em um mundo conflagrado”, afirmou.

O petista disse que é preciso acabar com todas as formas de discriminação climática. “É fundamental combater todas as formas de pobreza energética. […] sem equacionar a injustiça de dívidas externas impagáveis e sem abandonar condicionalidades que discriminam os países em desenvolvimento, andaremos em círculos”, completou.

Veja também