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A decisão foi unânime e esta foi a terceira reunião em que o colegiado decide pela manutenção
5 de novembro de 2025
Por Marianna Gualter, Cícero Cotrim, Denise Abarca, Caroline Aragaki, e Arícia Martins
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15,0% ao ano, conforme previam as 65 casas consultadas pelo Projeções Broadcast. A decisão do colegiado foi unânime.
Essa é a terceira reunião consecutiva em que a autarquia mantém o nível da Selic. De setembro de 2024 até a reunião de junho deste ano, o BC aumentou a taxa em 4,50 pontos, o segundo maior ciclo de alta dos últimos 20 anos, perdendo apenas para a alta de 11,75 pontos entre março de 2021 e agosto de 2022, que ocorreu após o fim da pandemia.
“No comunicado, houve pouca mudança, com uma maior confiança na atual estratégia, mas mantendo o tom duro e indicando a manutenção da taxa no atual patamar por período bastante prolongado”, afirma a economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitoria.
A economista aponta como novidade a projeção de inflação do Banco Central para o prazo relevante da política monetária, segundo trimestre de 2027, que já está em 3,3%, bem próxima do centro da meta. “Com a manutenção do atual cenário de câmbio favorável e desaceleração da atividade, a queda da inflação deve seguir consistente, ainda que lenta, observada tanto em bens como serviços”, prevê Vitoria.
Para o planejador financeiro e sócio da The Hill Capital, Marcelo Bolzan, ao manter o tom duro do comunicado anterior o Copom surpreendeu, pois o mercado esperava uma sinalização um pouco mais tranquila. Com isso, a expectativa é a de que os ativos domésticos passem por um dia de ressaca amanhã, avalia, com juros futuros em alta e Bolsa realizando lucros.
Para Bolzan, o grande destaque do comunicado foi um pequeno ajuste na comunicação, reconhecendo que a inflação mostra um pequeno arrefecimento, o que é positivo, apesar de permanecer acima da meta. “Para os próximos passos, ficou claro aqui certamente mais uma manutenção da taxa de juros em 15% ao ano na reunião de dezembro”, afirma.
Em relatório a clientes, a Kinitro afirma que a comunicação permaneceu cautelosa. O documento, segundo a gestora, confirma o cenário prospectivo da autoridade monetária, que ajustou a projeção de inflação no horizonte relevante, mas reiterou que a Selic não vai sair do patamar atual tão cedo.
“Em um ambiente de expectativas desancoradas, hiato positivo e transmissão da política monetária parcialmente obstruída, nossa visão é que havia mais benefícios para o Copom manter a postura hawkish, com poucas inovações na comunicação”, aponta a gestora de recursos.
Para a Kinitro, o colegiado deve ajustar parcialmente o tom de sua comunicação a partir da próxima reunião. “Elementos mais duros, como o bastante quando se refere ao período prolongado de manutenção da Selic, podem ser retirados sem prejuízos em termos de credibilidade, por conta do processo de ancoragem das expectativas e da convergência da inflação à meta”, apontou a gestora.
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