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Com a piora da situação financeira da companhia aérea, a possibilidade de entrar em recuperação judicial nos EUA volta a ser considerada também pelos credores
20 de maio de 2025
Por Aline Bronzati, correspondente, Altamiro Silva Junior e Elisa Calmon
Com a piora da situação financeira da companhia aérea Azul, a possibilidade de entrar em recuperação judicial nos Estados Unidos, pelo mecanismo do Chapter 11, voltou a ser uma das opções consideradas pela companhia e seus credores, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast no exterior e no Brasil.
A companhia aérea buscou várias formas nos últimos meses para tentar evitar essa medida e tem a intenção de fazer uma nova oferta de ações (follow-on). Mas a avaliação é que só vão conseguir fazer quando o operacional da empresa melhorar. Em um follow-on feito em abril para a troca obrigatória de dívida em dólar por ações da companhia, do lote extra reservado ao mercado, de R$ 1,6 bilhão, só R$ 48 milhões foram colocados. “Se o operacional não melhorar, a empresa está correndo o risco de Chapter 11 de novo”, observa um interlocutor.
Ao mesmo tempo, a rival Gol caminha para sair do Chapter 11 e terá na semana que vem uma audiência decisiva em Nova York, no próximo dia 20, onde será discutido o plano proposto aos credores. A votação do plano terminou no último dia 12. A expectativa é que a Gol saia em junho.
No balanço do primeiro trimestre, o indicador de alavancagem da Azul subiu para 5,2 vezes, de 4,9 vezes no final de 2024 e bem acima do que estava há um ano, em 3,7 vezes. A dívida bruta da companhia aérea encerrou março em R$ 34,6 bilhões, crescimento de 42% em 12 meses. Com essa situação financeira, as discussão de fusão entre as duas companhias ficam complicadas, observa uma fonte.
Na entrevista de resultados, ao ser questionado sobre uma possível recuperação judicial, o CEO da Azul, John Rodgerson, desconversou rapidamente. Disse apenas que esse não era o foco da coletiva de imprensa, reservada para falar sobre os resultados trimestrais e ressaltou que a companhia tem tido conversas com seus credores.
A Azul vem tentando formas de se capitalizar nos últimos meses. A mais recente foi um follow-on, em que o esperado apetite pelas ações não se confirmou. Na época, conseguiu um financiamento adicional de R$ 600 milhões com seus credores.
Outra estratégia adotada é o potencial uso de recursos do Fundo de Garantia à Exportação (FGE) para financiamentos relacionados à compra de combustível de aviação. O instrumento, que traria mais liquidez para as aéreas, pode ser aprovado nas próximas duas semanas, segundo Rodgerson. As operações seriam de cerca de R$ 2 bilhões, conforme mostrou o Broadcast.
A aprovação do instrumento surpreendeu integrantes do setor aéreo. Diferentemente do acesso ao Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que é um pleito setorial, essa foi uma demanda específica levada para o governo pela Azul, que pode ser a mais beneficiada pelo instrumento. A Gol não poderia ter acesso à medida neste momento por estar em recuperação judicial, enquanto a Latam tem um quadro financeiro estável.
Procurada, a Azul enviou o seguinte posicionamento: “Conforme afirmado durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2025, a Azul informa que está engajada em diálogo produtivo com seus investidores desde 2024 para identificar caminhos que garantam a sustentabilidade da companhia hoje e para o futuro. Como empresa competitiva, a Azul está constantemente avaliando oportunidades para melhorar a liquidez e sua estrutura de capital, sem nunca deixar de honrar seus compromissos e a qualidade dos seus serviços e atendimento aos Clientes, respeitando sempre toda legislação vigente.”
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