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Para sócio da Ibiuna Investimentos, cena internacional é que vai definir movimento dos ativos por ora
13 de setembro de 2025
Por Bruna Camargo
Os ativos do mercado financeiro brasileiro vão ficar em compasso de espera até as eleições presidenciais de 2026. Até lá, as notícias internacionais, mais especificamente o que diz respeito à condução de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) é que devem direcionar o movimento. A avaliação é de Rodrigo Azevedo, sócio e codiretor de investimentos de Macro da Ibiuna Investimentos e ex-diretor de Política Monetária do Banco Central. Ele participou de painel no evento Women Invest Summit, do qual a Broadcast foi uma das apoiadoras, e que ocorreu nesta semana em São Paulo.
“Há muita coisa para acontecer no Brasil, mas estamos em compasso de espera. O futuro próximo vai depender do que acontecer na eleição do ano que vem. Até lá não vai acontecer muita coisa. Mas, nesse meio tempo, tem muita coisa acontecendo lá fora”, disse.
Segundo ele, enquanto não há resposta clara sobre a alternância de poder em 2026, o mercado foca em outra coisa, no que acontece no resto do mundo, especialmente nos Estados Unidos. “E o foco nos Estados Unidos tem mais a ver com o banco central do que tarifas ou políticas do [presidente Donald] Trump”, acrescentou. “A discussão de verdade é se vai a taxa de juros vai cair e quando vai cair. É isso que tem direcionado os mercados”, afirmou durante o evento.
Segundo o gestor, a expectativa de cortes de juros nos Estados Unidos tem ganhado força diante dos dados de desaceleração da atividade americana, o que levou à maior perspectiva de cortes de juros pelo Fed a partir da semana que vem. “Na hora em que se tem essa perspectiva, os ativos do mundo inteiro vão se valorizando”, disse. O Ibovespa bateu vem batendo recordes e o real furou o piso dos R$ 5,40.
Ele pondera que se o Fed não cortar os juros, esse fluxo de recursos vai voltar para os Estados Unidos. Mas, se os cortes de fato acontecerem por lá ao mesmo tempo em que a Selic se mantém na faixa de 15% ao ano, o Brasil vai atrair capital por conta do diferencial de juros, destacou Azevedo. “O play de carrego é o que vai dar sustentação para o real durante esse compasso de espera [pelas eleições] no Brasil”, explica.
Na estratégia macro da Ibiuna, o gestor conta estar posicionado para surfar o ciclo de queda de juros nos Estados Unidos e os desdobramentos que o movimento terá para os ativos de risco. “Não pode esperar cortar os juros, até lá já estará precificado”, afirma Azevedo. A história das eleições presidenciais, na avaliação dele, fica para o ano que vem. “O que estamos fazendo é uma poupança boa para aguentar a volatilidade.”
Neste momento, avalia a sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da Rio Bravo, Anita Scal, é hora de entrar em fundos de investimento imobiliário (FIIs) de tijolo, não de sair. Além dos fundamentos dos ativos seguirem positivos, a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizar e gerar ganho de capital para o investidor.
“Em um cenário de juro alto, vemos a fuga dos investimentos de renda variável para a renda fixa, ou seja, vemos oportunidades no mercado, pois o fundamento do tijolo não mudou. Existe recorrência da renda, com distribuição de rendimento mensal isento para pessoa física, de um ativo que está nas melhores regiões. Só que o valor do ativo na Bolsa ou na Cetip está desvalorizado frente ao valor patrimonial, há um desconto”, disse Scal, durante sua participação em outro painel no evento.
A executiva destaca que, a partir do momento em que o mercado começa a enxergar uma inversão do ciclo de juros, as cotas dos fundos passam a se valorizar, e além da renda, o investidor pode conseguir um ganho de capital com a venda das suas cotas. “Então enxergamos um momento de entrada, não de saída”, destaca Scal.
Tatyana Wolff Katalan, real estate portfolio manager da Itaú Asset, observa que muitos investidores compram fundos imobiliários apenas de olho nos dividendos, acreditando ser um ativo de renda fixa. “A volatilidade frustra o investidor pessoa física”, diz, acrescentando ser importante o investidor saber o que está comprando.
Ela concorda que os fundamentos dos ativos em fundos imobiliários de tijolo estão bons e destaca o segmento de logística. “O segmento de logística está tendo um momento muito positivo. Está no nível mais baixo de vacância historicamente”, afirma.
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