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Quando o preço do petróleo cai, é hora de apertar o cinto, diz presidente da Petrobras
14 de maio de 2025
Por Denise Luna e Talita Nascimento
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse ontem a investidores que o período que a empresa vê pela frente é mais desafiador do que o que passou. “Quando o preço (do petróleo) desce é hora de apertar os cintos”, afirmou. Ela disse que expressões como austeridade, simplificação e otimização de projetos estarão presentes no discurso da companhia daqui em diante.
Segundo ela, a empresa “vai continuar entregando resultado com muito empenho”, mas disse estar olhando até mesmo para a área corporativa. “Não estamos fazendo nada diferente do que as outras estão fazendo. Vamos simplificar projetos em um momento de preços mais baixos, reaproveitar plataformas”, disse.
Sendo assim, a Petrobras vai revisar o Plano Estratégico de 2026 a 2030 considerando o “desafio austero do preço do petróleo”, com o Brent cotado no patamar de US$ 65. O diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, porém, disse que o plano de negócios da empresa está mantido, mesmo com o atual nível de preço do Petróleo. “Tudo em Exploração e Produção trabalhamos com US$ 45 o barril, abaixo disso não vai para frente”, afirmou. Conforme ele, a empresa tem break-even (ponto de inflexão para a rentabilidade) com o petróleo a US$ 28.
A diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi, disse ter “grande segurança” de que este ano a companhia ficará dentro da meta divulgada ao mercado (guidance) de capex. “Estamos na toada de simplificação dos projetos, precisamos voltar para os básicos”, afirmou. Segundo ela, os projetos Seap I e II foram simplificados, e os licitantes pediram mais 60 dias por isso.
Ela disse ainda que, para tornar projetos mais competitivos, a companhia quer mais fornecedores. “Queremos que parceiros de fora, como a China, venham construir no Brasil.
Magda afirmou que a Petrobrás se orgulha do resultado do primeiro trimestre de 2025. “Entregamos um resultado que mostra que somos à prova de queda de preço de petróleo”, completou. No período, a empresa reportou lucro líquido de R$ 35,2 bilhões, 48,6% a mais do que há um ano, e reverteu o prejuízo de R$ 17,044 bilhões do trimestre imediatamente anterior.
O Ebitda, que mede a capacidade de geração de caixa da companhia, teve alta de 1,7% contra o primeiro trimestre do ano passado e avanço de 49,1% em relação ao quarto trimestre de 2024, para R$ 61 bilhões. Já a receita de vendas no período subiu 4,6%, para R$ 123,1 bilhões, frente ao primeiro trimestre de 2024, e 1,5% em relação ao último trimestre do ano anterior.
Para o BTG Pactual, os resultados “não foram bons, mas também não foram terríveis”. Os analistas pontuam que a empresa entregou números abaixo do consenso e da projeção do BTG e que o atual preço do petróleo e as incertezas macroeconômicas podem mudar a perspectiva positiva em relação à atratividade do papel negociado na B3.
Para os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez, o capex normalizado após o pico visto no quarto trimestre de 2024, que aponta para o cumprimento do guidance para 2025, empurra os dividendos para um pouco abaixo do consenso para o primeiro trimestre de 2025.
O diretor Financeiro da Petrobras, Fernando Melgarejo, avisou que se o preço do Brent continuar baixo diminuem as chances de a empresa pagar proventos extraordinários. Ele explica que se o caixa da companhia for superior ao caixa mínimo estabelecido, os extraordinários são pagos.
O UBS BB afirmou manter uma visão positiva sobre a Petrobras, pois, mesmo com a desaceleração dos preços do petróleo, o banco ainda espera que a empresa imprima um rendimento de dividendos de 12% para 2025, com forte crescimento em direção a um rendimento de 15% em 2026, segundo estimativa da casa.
“O grande debate que travamos é sobre os investimentos para o ano. Os dados divulgados ajudam a fornecer mais visibilidade de que nossas estimativas estão na direção certa – embora sinalizem que alguns esperavam um período mais suave de execução de capex”, avaliam os analistas Mateus Enfeldt, Tasso Vasconcelos e Victor Mondanese.
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