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A empresa vem intensificando suas investidas no continente africano; EUA e América Latina também estão no radar
8 de maio de 2025
Por Denise Luna
A Petrobras está voltando seus olhos novamente para o mercado internacional. Após um longo período de poucos investimentos fora do País, entre outros motivos, pelo foco no pré-sal, a estatal está atrás de novas reservas, tanto dentro como fora do Brasil. A empresa vem intensificando suas investidas na África – em países como São Tomé do Príncipe, África do Sul e Namíbia -, e possui atividades na Colômbia, Argentina, Bolívia, Estados Unidos. Recentemente, a Índia entrou para a lista de possíveis alvos de aquisições.
Ainda assim, não está claro quanto a empresa reservou para os investimentos em outros países no seu Plano de Negócios 2025-2029, e a participação da produção internacional no total consolidado da companhia, no ano passado, não passou de 1,26%. Mas tanto investimentos como o peso na produção total devem crescer com as novas ambições da atual gestão. Tanto a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, como sua diretora de Exploração e Produção, Sylvia anjos, não poupam declarações favoráveis à atuação internacional da companhia.
“Nós acreditamos e queremos o Brasil. Por isso a gente está lutando tanto para conseguir a nossa licença (de perfuração na Foz do Amazonas). Mas nós temos um conhecimento, é sabido que (os territórios de) Brasil e África estiveram juntos. Então a gente sabe que a geologia se espelha uma na outra. Por isso também conhecemos muito bem a África”, afirmou Sylvia no mês passado.
“Nossos estudos indicam grandes similaridades entre a bacia de Pelotas e a bacia da Namíbia, na África. A bacia da Namíbia está explodindo, está produzindo e já está sendo chamada de ‘Nova Guiana’, e nós continuamos trabalhando aqui, e achando que esse potencial que se apresenta na bacia da Namíbia temos que vir procurá-lo aqui, no Estado do Rio Grande do Sul, nessa bacia de Pelotas”, reforçou Magda em um discurso no início deste ano.
Em fevereiro de 2024, a companhia anunciou a aquisição de participação em três blocos exploratórios – 10, 11 e 13 -, operados pela Shell, em São Tomé e Príncipe. Além disso, celebrou aditivos aos contratos de partilha de produção e Joint Operating Agreements correspondentes, passando a fazer parte dos consórcios dos referidos blocos, que incluem ainda a Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe e a Galp. Com isso, a petroleira ficou com 45% de participação nos blocos 10 e 13 e 25% no bloco 11.
Também no ano passado, o Conselho de Administração da estatal aprovou a atuação da companhia na África do Sul, viabilizando a aquisição de participação no bloco Deep Western Orange Basin (DWOB), localizado em águas profundas da bacia de Orange, na qual houve descobertas recentes significativas, por meio de processo competitivo conduzido pela TotalEnergies. A Petrobras terá 10% de participação no bloco DWOB, dentro do consórcio formado pela TotalEnergies, operadora (40%), QatarEnergy (30%), Sezigyn Pty. (20%) e Petrobras (10%).
“A operação marca a retomada da atuação exploratória no continente africano, com o propósito de diversificação de portfólio, e está alinhada à estratégia de longo prazo da companhia, visando à recomposição das reservas de petróleo e gás por meio de exploração de novas fronteiras, tanto no Brasil quanto no exterior, e atuação em parceria”, informou a empresa ao Broadcast.
Na América do Sul, a estatal tem atividades de exploração e produção (E&P) na Argentina, Bolívia e Colômbia, sendo este último país a grande aposta da empresa. Em agosto do ano passado, uma nova descoberta de gás natural foi comemorada pela diretoria como relevante.
Na época, a estatal informou que “o poço agrega informações relevantes para o desenvolvimento de uma nova fronteira de exploração e produção na Colômbia, reforçando o potencial volumétrico para gás na região”. A estatal é operadora do campo, com 44,44% de participação, em parceria com a Ecopetrol, com 55,56%. Na Argentina, por meio da subsidiária Petrobras Operaciones S.A., tem uma participação de 33,6% no ativo de produção Rio Neuquén, localizado na bacia de Neuquém, com produção de gás não convencional e condensado.
Já nos Estados Unidos, a companhia ainda mantém uma pequena produção em águas profundas no Golfo do México, não consolidada, proveniente da participação de 20% da Petrobras America Inc. na joint venture com a Murphy Exploration & Production Company (MPGOM LLC).
Em relação à Índia, a Petrobras assinou dois memorandos de entendimento (MOU) com empresas de energia locais, que podem vir a facilitar a participação da companhia em um futuro leilão naquele país, caso a companhia avalie positivamente a viabilidade do negócio. O memorando firmado com a estatal ONGC, empresa focada em projetos de E&P, visa a ampliar oportunidades mútuas nas áreas de exploração e produção, comercialização de petróleo e gás, descarbonização e soluções de baixo carbono, desenvolvimento de biocombustíveis e de novas energias. A estatal também assinou memorando de entendimento com a Oil India, estatal indiana do setor de E&P, para colaboração em áreas de comum interesse no offshore da Índia.
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