Agronegócios
21/10/2021 08:23

Suínos/Cepea: poder de compra do criador aumenta, após queda no preço de milho e farelo de soja


São Paulo, 21/10/2021 - O poder de compra do criador de suínos subiu em outubro no País, informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em relatório. Isso ocorre porque os preços dos principais componentes utilizados na ração - milho e farelo de soja - estão em queda no mercado brasileiro, ao passo que a cotação do animal vivo subiu na parcial do mês.

A valorização dos suínos ocorre por causa da maior procura de animais para abate, especialmente no início do mês, observa o Cepea, o que contribuiu para subir o preço no mercado independente. Na parcial de outubro (até o dia 19), o suíno vivo negociado na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) teve média de R$ 7,46/kg, avanço de 6,8% frente à de setembro. No oeste catarinense, a valorização é de 5,7%, com o animal cotado, em média, a R$ 6,91/kg.

Já em relação aos preços dos insumos para ração, a tonelada do farelo de soja registra média de R$ 2.387,28 na parcial de outubro em Campinas (SP), recuo de 0,5% frente a setembro. Já em Chapecó (SC), o derivado se desvalorizou 2,5% no período, indo a R$ 2.197,78/t na média da parcial do mês.

Diante disso, cálculos realizados pelo Cepea, considerando-se o suíno comercializado na região de SP-5 e o farelo de soja na região de Campinas, indicam que o poder de compra do produtor paulista frente ao insumo cresceu 7,3% de setembro para outubro (até o dia 19), sendo possível, neste mês, a aquisição de 3,12 quilos do derivado com a venda de um quilo de suíno. Para o produtor catarinense, na mesma comparação, o avanço no poder de compra foi de 8,3%, possibilitando a aquisição de 3,15 quilos de farelo.

No caso do milho, na parcial deste mês, a saca registra média de R$ 91 na região de Campinas, queda de 1,6% frente à de setembro. Em Chapecó, a queda é de 2,4%, com o cereal negociado na média de R$ 93,23 por saca. Desta forma, os produtores paulista e catarinense conseguem adquirir respectivos 4,92 quilos e 4,45 quilos de cereal com a venda de um quilo do animal vivo, quantidades 8,4% e 8,2% superiores às registradas em setembro. "Apesar da melhora na relação de troca nesta parcial de outubro, é válido ressaltar que, no comparativo anual, o cenário tanto para o suinocultor paulista quanto catarinense ainda é desfavorável frente a ambos os insumos", destaca o Cepea.
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