Agronegócios
11/09/2018 13:40

Interconf/Faeg: fechamento de fábrica de ureia da Petrobras prejudica pecuaristas


Goiânia, 11/09/2018 - O encerramento das atividades da fábrica de fertilizantes nitrogenados (Fafen) da Petrobras em Camaçari (BA), anunciado em meados de março deste ano prejudicou os pecuaristas do País pois, a partir de então, o setor ficou totalmente dependente das importações de ureia para suplementação dos animais, disse o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Maurício Velloso. O executivo falou durante a abertura da 11ª edição da Conferência Internacional de Pecuaristas (Interconf), promovida pela Assocon em Goiânia, nesta terça-feira.

Na época do anúncio, a Petrobras alegou problemas financeiros. Segundo a companhia, somente em 2017 houve prejuízo médio de R$ 200 milhões. A unidade de Camaçari iniciou suas atividades em 1971, para produção de fertilizantes nitrogenados a partir do gás natural dos campos produtores de petróleo da Bahia e de Sergipe. A fábrica produzia insumos como amônia, ureia fertilizante, ureia pecuária, ureia industrial, ácido nítrico e hidrogênio.

Além das importações, Velloso destaca que a ureia pecuária tem incidência tributária de 10% em PIS/Cofins, imposto que não incide sobre a ureia direcionada para a agricultura.

“O recente aumento do dólar impulsiona as exportações, mas onera a produção de gado. Medicamentos, por exemplo, ficam mais caros porque são pagos com a moeda norte-americana. Custos altos levaram produtores à redução no pacote tecnológico e a produtividade do gado foi comprometida”, explicou o executivo.

Ainda sobre os itens que elevaram as despesas dos pecuaristas, Velloso destacou o aumento nos preços dos grãos, que ocorre desde o início do ano, com a quebra de safra da Argentina. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com)*

*A jornalista viaja a convite da Assocon
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