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Agroindústria com energia solar vira vitrine amazônica

WEG, Natura e W.Energy fazem parceria com associação local em fábrica de óleos para cosméticos

1 de junho de 2025

Por Karla Spotorno*

Uma agroindústria na Ilha das Cinzas (PA), no rio Amazonas, distante 1h30 de barco de Macapá (AP), virou uma vitrine sobre como desenvolver a bioeconomia na Amazônia e como empreender a transição energética em uma região isolada e de várzea. A primeira agroindústria comunitária em área de várzea foi inaugurada hoje numa parceria da Associação dos Trabalhadores Agroextrativistas da Ilha das Cinzas (Ataic), juntamente com a WEG, a Natura e W.Energy.

A fábrica na região marajoara vai produzir óleos e manteigas para a indústria de cosméticos a partir das amêndoas de muru-muru, andiroba e ucuuba com a energia de placas solares armazenada num sistema Bess (sigla em inglês para Battery Energy Storage System) conectado a um sistema de monitoramento remoto pela equipe da WEG na sede da empresa em Jaraguá do Sul (SC).

O investimento contou com R$ 2 milhões da Natura, para a construção dos galpões sobre palafitas da fábrica, escritórios, refeitório, entre outras benfeitorias. Também teve mais R$ 600 mil aportados pela WEG para a doação dos equipamentos, do projeto customizado e de toda operação logística para instalação do sistema.

O diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG, Daniel Godinho, afirmou que a logística foi um dos grandes desafios do projeto para a WEG, porque instalar um Bess em terra firme com acesso por estradas impõe algumas condições. Já instalar em terra mole – ou seja, numa área de várzea com fases de enchente e de vazante ao longo do dia – traz muitas outras complexidades. Uma delas foi transportar 3,5 toneladas de equipamentos de Jaraguá do Sul (SC) para a Ilha das Cinzas. Ao chegar na sede da Ataic, cerca de 20 homens foram necessários para carregar o maquinário trapiche acima até o galpão.

20ª agroindústria apoiada pela Natura

A diretora de Sustentabilidade da Natura, Angela Pinhati, afirma que o investimento faz sentido porque fortalece a cadeia de fornecedores de bioativos da Amazônia e, assim, contribui para o cumprimento do objetivo de quadruplicar o volume comprado de insumos e matérias-primas da Amazônia. Essa é 20ª agroindústria apoiada pela empresa. A primeira foi instalada em 2010. “Decidimos investir na instalação de agroindústrias porque é uma forma de reduzirmos a complexidade da cadeia logística, a pegada de carbono e também de melhorar a qualidade do produto”, afirmou a executiva.

Godinho e Pinhati também afirmam que apoiar a instalação de uma agroindústria é uma forma de fixar as novas gerações na região, ao oferecer trabalho e mais renda para a comunidade. Ao transformar as amêndoas em óleo e manteiga, a Ataic consegue uma receita 60% maior pelo mesmo volume vendido à Natura, segundo a companhia.

Pinhati pontua que, embora a mudança de gerador movido a diesel para energia solar seja um exemplo de transição energética, a contribuição do projeto para a meta de descarbonização da Natura é pouco expressiva. A companhia tem meta pública de ser net zero (emissão líquida zero de gases de efeito estufa) em 2030 para o que tem a ver diretamente com a sua atividade (escopos 1 e 2) e a meta de reduzir as emissões indiretas (escopo 3) em 42% até 2030 e ser net zero até 2050.

Godinho acrescentou que a solução foi projetada para as necessidades da Ataic, na região da Ilha das Cinzas, mas que pode ser adaptada “para qualquer outra região do Brasil”. “Trazer e instalar os equipamentos em palafitas numa região de várzea foi um grande desafio. Mas dizemos que, ao ter sucesso aqui, o projeto é replicável para todo o mundo”, afirmou Godinho. “O projeto une duas empresas brasileiras e traz tecnologia brasileira numa solução sustentável”, afirmou o executivo da WEG.

O sistema consiste um conjunto de placas solares que geram 40 kw/h, que é o dobro da energia necessária para o tamanho da fábrica hoje e um Bess capaz de armazenar cerca de 92 kw/h. O sistema possui uma série de redundâncias para dar segurança energética para o funcionamento da fábrica. Uma delas é ter conectado o gerador a diesel, que já existia na Ataic, caso a geração e armazenagem venham a falhar.

“Estar no meio da floresta nos dá muito orgulho e é uma grande vitrine pela importância do projeto. Do ponto de vista social, esse projeto é gigante”, afirmou Carlos Grillo, diretor superintendente de Digital e Sistemas da WEG.

*A jornalista viajou para Gurupá (PA) a convite da Natura.

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