Além da reciclagem, outros indicadores precisam ser avaliados para a análise correta do impacto ambiental, desde a extração da matéria-prima até a destinação pós-consumo
4 de junho de 2025
Além da reciclagem, outros indicadores precisam ser avaliados para a análise correta do impacto ambiental, desde a extração da matéria-prima até a destinação pós-consumo
SÃO PAULO, 4 de junho de 2025 /PRNewswire/ — Ao adquirir um produto, além das opções de marcas, o consumidor se depara com uma variedade de tipos de embalagem disponíveis nas gôndolas dos supermercados. No caso dos segmentos de água, sucos e refrigerantes, essa diversidade pode confundir o cidadão que, embora desejasse, não leva em conta o impacto ambiental da sua escolha. Estudos e pesquisas feitos recentemente pela Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET) ajudam a jogar luz científica sobre esse debate.
O índice de reciclagem é o dado mais divulgado e, portanto, mais fácil de entendimento por parte do consumidor. As embalagens PET, por exemplo, figuram entre as mais recicladas em todo o mundo. De acordo com a última edição do Censo da Reciclagem do PET no Brasil, realizado pela ABIPET, o País reciclou 410 mil toneladas de embalagens PET pós-consumo em 2024 ? o que corresponde a 53% do total e volume 14% superior às 359 mil toneladas registradas em 2022.
A embalagem PET é um dos principais exemplos de circularidade. Após anos de grande evolução tecnológica, em 2024 o principal destino das embalagens recicladas ? 37% do total ? foi a fabricação de uma nova embalagem (preformas e garrafas), utilizadas principalmente pela indústria de água, refrigerantes, energéticos e outras bebidas não alcoólicas, dentro do sistema bottle to bottle grau alimentício.
Uma profunda avaliação científica desvenda ao consumidor a melhor opção ambiental
“Mas a reciclagem é apenas um entre mais de uma dezena de indicadores que medem o impacto ambiental de uma embalagem ? e é importante que os consumidores e as empresas usuárias tenham conhecimento deles para que possam tomar decisões com base na ciência”, afirma Auri Marçon, presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET). “Em todo o mundo, a ferramenta de análise mais aceita pela comunidade científica é o estudo de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV)“, completa.
Também conhecido como estudo “do berço ao túmulo”, esse tipo de estudo faz uma análise do impacto ambiental que vai desde a extração da matéria-prima até seu descarte final, passando pela produção, envase, transporte, comercialização, reciclagem pós-consumo e disposição final.
Pela primeira vez no Brasil, um estudo desse tipo foi realizado considerando dados primários de toda cadeia produtiva brasileira. Conduzido por especialistas e renomadas instituições das áreas de embalagem e de alimentos (ITAL/CETEA ? Governo do Estado de São Paulo e ACV Brasil), o ACV do PET fez um comparativo entre os materiais mais utilizados para o envase de alimentos líquidos (água, refrigerante e óleo comestível).
Foram analisadas 11 unidades diferentes de embalagem, conforme tamanho e tipo de uso, de acordo com 12 categorias de impacto: Mudanças Climáticas, Acidificação, Ocupação do Solo, Material Particulado, Ecotoxicidade, Consumo de Água, Depleção da Camada de Ozônio, Eutrofização, Toxicidade Humana, Formação de Ozônio Fotoquímico, Recursos Minerais e Combustíveis Fósseis.
No resultado final, o PET demonstrou desempenho muito superior às alternativas que se vangloriam de serem recicláveis ou amigas do meio ambiente. Seguem alguns destaques para os quesitos que mais alertam a sociedade em relação ao meio ambiente, com base nas embalagens estudadas, para o envase de uma mesma quantidade de produto (1 litro):
Em outros eixos, como acidificação, ocupação do solo e material particulado, o PET possui vantagens ambientais em comparação com as demais embalagens como lata de alumínio de 350 ml, as embalagens de vidro descartável de 300 ml e 250 ml e as embalagens de folha de flandres (de aço) de 900 ml.
O resumo executivo do estudo pode ser conferido no site da ABIPET, a partir deste link.
Além da credibilidade dos dados utilizados, o estudo ACV foi submetido à revisão crítica feita por especialistas de grandes universidades brasileiras, a fim de assegurar que os resultados para as afirmações comparativas estejam de acordo com os requisitos de qualidade da norma ABNT NBR ISSO 14040:2009 e ABNT NBR ISSO 14044:2006.
“O projeto representa um marco dentro do cenário brasileiro, tanto por sua abrangência quanto por seu conteúdo técnico. Além disso, traz luz científica ao debate, dando ao mercado as condições necessárias para que escolhas sejam feitas com base em aspectos técnicos e indicadores cientificamente aceitos. Só assim será possível evoluir nas questões ambientais, sem achismos e informações distorcidas, com olhar meramente comercial e sem qualquer impacto positivo para o meio ambiente”, afirma o presidente executivo da Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET), Auri Marçon.
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FONTE Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET)
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