Por Sofia Aguiar e Matheus de Souza
São Paulo, 15/09/2022 - O ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra, economista da campanha e vice na chapa da senadora Soraya Thronicke (União Brasil), defendeu há pouco, em entrevista ao Broadcast Live, a proposta do imposto único com manutenção do imposto de renda e redução do imposto da pessoa jurídica. O economista, no entanto, reconhece dificuldades na aprovação da pauta.
A implantação do imposto único federal consta como uma pauta antiga defendida por Cintra. Segundo ele, há 30 anos, a ideia era fazer um imposto único nacional, que substituísse tributos da União, dos Estados e dos municípios para apenas um. “Mas aprendi que ao longo desses 30 anos que isso enfrenta uma grande dificuldade que é o pacto tributário brasileiro”, que considera “muito complexo”.
Ele explica que, ao introduzir o imposto único federal, “não estaríamos discutindo a concordância ou não de governadores e prefeitos, isso ficaria para um segundo estágio”. “A ideia é que todos os impostos da união, exceto os impostos com características extrafiscais, mas nós substituiremos todos os demais por apenas dois tributos”, detalha. Cintra, então, defendeu a manutenção do Imposto de Renda (IR) .
Segundo o economista, o IR aumentaria limite de isenção para cinco salários mínimos e a outra modificação seria reduzir significativamente o imposto de renda da pessoa jurídica. Já os demais tributos seriam substituídos por apenas um tributo que incidiria sobre pagamentos com alíquota de 1,26% no crédito e no débito.
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