Por Eduardo Gayer e Célia Froufe
Brasília, 15/09/2022 - Assessor econômico da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência da República, Guilherme Mello avaliou nesta quinta-feira que o BNDES precisa se valer de garantias soberanas para atrair capital e viabilizar um conjunto de investimentos necessários ao País.
Para o economista ligado ao PT, a agenda ambiental do programa de governo de Lula vai ajudar a atrair investimentos estrangeiros. Nesta semana, o candidato ganhou o apoio da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede). Ele defendeu a necessidade de o governo privilegiar com juros mais favoráveis financiamento de projetos agrícolas com salvaguardas ambientais, medida antecipada pelo Broadcast Político. “No Plano Safra, não tem diferença para o agronegócio entre projetos mais sustentáveis e os que não têm. Precisa ter”, argumentou.
Mello reconheceu que as taxas de juros nos governos Lula (2003-2010) poderiam ter sido menores, mas atribuiu o alto nível da Selic atual ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. “O governo federal precisa parar de atrapalhar. Ele gera risco institucional, democrático, político, gera cenário de incerteza onde perde porção de oportunidades de investimentos para estabilizar taxa de câmbio”, avaliou. “Sem queda de juros, fica difícil manter taxa de crescimento maior de maneira sustentável”.
Mello participa de seminário em Brasília organizado pelos Conselho Federal de Economia (Cofecon), Conselho Regional de Economia do DF (Corecon-DF) e Fórum Nacional pela Redução da Desigualdade. A campanha do candidato do PDT, Ciro Gomes, é representada por Nelson Marconi. Os candidatos Jair Bolsonaro (PL), Simone Tebet (MDB) e Luiz Felipe D’Ávila (Novo) não enviaram representantes.
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