Por Augusto Decker
São Paulo, 06/09/2019 - O procurador da República Ricardo Augusto Negrini, do Ministério Público Federal, que atua no Estado do Pará, criticou há pouco a escolha de Augusto Aras para o cargo de procurador-geral da República. "Ontem foi um dia preocupante e triste para o Ministério Público Federal, com a indicação de um procurador-geral da República fora da nossa lista tríplice", disse ele em São Paulo, durante evento de lançamento de campanha contra o desmatamento e a grilagem ilegal na Amazônia. "Um procurador-geral da República escolhido por estar alinhado ao governo."
Negrini afirmou estar na torcida para que o Ministério Público não perca sua independência sob o novo procurador-geral. "A gente espera e faz votos de que tenhamos sempre esse perfil forte e independente do MP." Ao indicar Aras, o presidente Jair Bolsonaro rompeu a tradição que era seguida desde 2003 de escolher um dos membros da lista tríplice decidida pela Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR).
Embora estivesse presente no lançamento da campanha, o procurador destacou que o MPF não é um dos signatários da campanha pelas florestas na Amazônia, mas que ele compareceu porque "nossa pauta é exatamente a mesma."
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