Brasília, 21/03/2018 - O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta quarta-feira, 21, que espera que o Congresso vote ainda hoje a proposta de criação do Sistema Unificado da Segurança Pública (Susp) e afirmou que o a área foi a que menos avançou no País desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o que permitiu uma expansão do crime.
"Segurança pública foi o setor que menos caminhou desde a Constituição", disse o titular do ministério recém-criado pelo presidente Michel Temer. "Hoje, não há a universalização do direito à segurança."
Jungmann fez uma apresentação ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, na qual defendeu a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro e citou dados de gastos dos governos na área, além de "gastos altos" da iniciativa privada, e estatísticas de criminalidade. "O Brasil teve sete pessoas assassinadas por hora em 2016", disse. "O presidente decretou a intervenção de forma correta."
Ele citou 11 decretos de Garantia da Lei e da Ordem publicados para atuação das forças federais de segurança em apoio aos Estados, enquanto esteve à frente do Ministério da Defesa. O ministrou afirmou que Temer não podia "deixar a sociedade à mercê do crime".
O ministro citou esforços do governo na área prisional, com ampliação de vagas e verbas para construção de novas penitenciárias, e no sistema de Justiça. Segundo ele é preciso "prender com melhor qualidade".
Ele também citou a linha de crédito de R$ 42 bilhões para projetos de segurança criada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o auxílio de consultoria que o banco prestará à intervenção no Rio. (Carla Araújo, Felipe Frazão e Lorenna Rodrigues)
