Por Iander Porcella e Gustavo Porto
Brasília 18/01/2022 - Em meio às negociações para formar alianças eleitorais, o novo líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), defendeu, em entrevista ao Papo com Editor, do Broadcast Político, a articulação para que o ex-governador Geraldo Alckmin seja candidato a vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve concorrer à Presidência. Nesta segunda-feira, contudo, lideranças petistas chegaram a assinar um manifesto contra a ideia de composição com o ex-tucano, o que escancarou a divisão entre as alas do partido.
"Eu defendo na política uma aliança ampla", disse Lopes. "Temos que ter capacidade de buscar aliados, construir uma boa base de governabilidade. E aí, eu acho que o Alckmin, principalmente o PSD, partido do Kassab, poderia participar dessa união nacional já no primeiro turno e consolidar essa eleição do presidente Lula", acrescentou.
Ao dizer que o momento político do País é "dramático", o parlamentar também defendeu o apoio do PT à candidatura de Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte, ao Governo de Minas Gerais, contra o atual governador, Romeu Zema (Novo), que pode receber o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).
"Na minha opinião, o campo que se identifica ideologicamente conosco é a candidatura do Kalil", disse o deputado. O líder petista também afirmou que o PT deve formar uma federação com partidos de esquerda e que, na visão dele, em Minas "não há espaço" para uma terceira via. Caso a aliança se concretize, Reginaldo Lopes se colocou à disposição para concorrer a uma vaga ao Senado.
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