Por Iander Porcella
Brasília, 29/06/2022 - A oposição tenta adiar no Senado a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis, que está neste momento em análise no plenário. O pedido foi feito pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que lidera os oposicionistas, e Jean Paul Prates (PT-RN), líder da Minoria, que querem mais tempo para analisar as consequências de se decretar estado de emergência no País.
“É triste perceber que o governo só descobriu essa emergência a menos de 100 dias das eleições. O povo brasileiro está desde o final do ano passado passando fome, o auxílio era insuficiente, e não perceberam. Agora, a 90 dias das eleições, de repente, o presidente Jair Bolsonaro percebeu que tinha emergência”, criticou Randolfe.
O relator da PEC, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), rebateu a oposição e disse que os efeitos do estado de emergência ficarão circunscritos às medidas contidas na PEC. Mais cedo, durante a apresentação do relatório final, o senador havia dito que não havia “cheque em branco”.
Randolfe e Prates, contudo, disseram que são favoráveis aos benefícios contidos na PEC, como o aumento do valor do Auxílio-Brasil de R$ 400 para R$ 600, a bolsa-caminhoneiro de R$ 1 mil e a ampliação do vale-gás a famílias de baixa renda.
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