Política
29/06/2022 16:46

Bolsonaro diz ter autonomia para escolher presidente de estatais, mas não cita Pedro Guimarães


Por Bruno Luiz e Eduardo Gayer

Brasília e Salvador, 29/06/2022 - O presidente Jair Bolsonaro ignorou as denúncias de assédio sexual contra o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ao participar na tarde desta quarta-feira, 29, de evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Bolsonaro destacou ter autonomia para escolher presidente de estatais, mas em nenhum momento citou Guimarães. Próximo ao chefe do Executivo, Guimarães vai deixar o cargo após o portal Metrópoles trazer relatos de funcionárias do banco que o acusam de assédio sexual. O Estadão/Broadcast confirmou que as denúncias são investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Um dos coordenadores da campanha de reeleição de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou ao Estadão/Broadcast que Guimarães vai deixar o comando do banco estatal para que as denúncias de assédio sexual não sejam usadas durante a campanha.

Bolsonaro também disse ter dado liberdade a ministros para montar as pastas e voltou a prometer que vai recriar o Ministério da Indústria, Serviços e Comércio Exterior, caso seja reeleito.

"Paulo Guedes pegou uma missão enorme. Houve adensamento de quatro ministérios. Já separamos o de Trabalho e Emprego e pretendemos, conforme foi sugerido, em havendo reeleição, recriar Indústria e Comércio, cujo ministro seria indicado pelos senhores, com perfil dos senhores, para ter liberdade para trabalhar", disse, sendo aplaudido pela plateia.

Ao mesmo tempo, o presidente pontuou que a segurança alimentar tem importância majorada em relação à indústria no Brasil. Sobre o assunto, repetiu que há fertilizantes disponíveis para produção agrícola até meados do ano que vem.

Bolsonaro voltou a dizer que não é expert em economia e que preferia ter o ministro Paulo Guedes ao lado para falar sobre o assunto. Pontuou ainda que o "Brasil vai de vento em popa, e o mundo busca fazer negócio conosco".

"Está na prancheta uma offshore no Nordeste para gerar energia em eólica. [...] A gente vê o mundo, vários países, voltando à energia dita como suja, do petróleo.", completou

Contatos: brunol.santos@estadao.com; eduardo.gayer@estadao.com
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