Agronegócios
21/11/2016 10:25

Trabuco/Bradesco: há condições estruturais para queda de juros ainda neste ano


Brasília, 21/11/2016 - O diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, previu nesta segunda-feira que há condições estruturais na economia brasileira para queda na taxa básica de juros (Selic) ainda este ano. Isso porque, na avaliação dele, a inflação está sinalizando para patamares "bem confortáveis".

"Tem condições estruturais de uma queda de juros. A inflação está sinalizando para patamares bem confortáveis", disse em entrevista ao chegar à primeira reunião do Conselhão do governo Michel Temer, no Palácio do Planalto. Questionado se essa queda poderá acontecer na próxima reunião do Copom, respondeu: "Não sei".

Trabuco avaliou, porém, que a perspectiva de mudanças na política americana com a eleição do republicano Donald Trump para presidente dos Estados Unidos deixa mais estreita a janela de ajuste de juros no Brasil. "É evidente que a perspectiva de uma mudança da política americana do governo Trump faz com que nossa janela possa ficar mais estreita", disse.

O diretor-presidente do Bradesco previu que as variáveis da economia brasileira "sinalizam que o pior está ficando para trás". Ele afirmou que, nos últimos meses, apesar de alguns dados fracos, o Brasil aumentou o nível de confiança e esperança na retomada do crescimento econômico.

"Agora, é evidente que a gente vai enfrentar 2017 com um grande desafio, que é o desafio do crescimento. E encontrar os motores do crescimento acho que é o grande desafio que a sociedade tem com o governo para encontrar a retomada. Porque sem a retomada através do investimento privado a gente não vai ter um ciclo de geração de emprego", afirmou.

Ele disse esperar que a reunião do Conselhão promova uma "expansão da consciência do tamanho dos problemas que terão de ser resolvidos". "É expandir a consciência do grupo da emergência, do senso de urgência necessário para você virar uma página, que é a página do desajuste fiscal", afirmou.

Para Trabuco, os dados da economia, principalmente o nível de desemprego e da desaceleração do crescimento, é uma "consciência plena". "Aqueles que ainda duvidam disso, é só avaliar os dados da economia. "Aumentamos muito nos últimos meses o nível de esperança e de confiança. Evidente que agora precisamos ter capacidade de entrega". (Igor Gadelha - igor.gadelha@estadao.com)
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