Agronegócios
21/11/2016 10:00

Petrobras: processo de venda de direitos de concessão em Baúna e Tartaruga Verde é suspenso


São Paulo, 21/11/2016 - A Petrobras tomou conhecimento de uma ação popular, em razão da qual foi deferida liminar para suspender o processo de alienação de direitos de concessão em Baúna e Tartaruga Verde, "por ora", diz um comunicado da petroleira.

Na última quinta-feira, José Hunaldo Nunes Santos, da Sindipetro, entrou com ação contra a venda, com o argumento de que a operação foi realizada sem licitação prévia.

A Petrobras informou que vai recorrer da decisão liminar. Além disso, esclareceu que a condução desse processo observou as etapas previstas na sistemática de desinvestimento e garantiu ampla competitividade entre os potenciais interessados, como meio de assegurar o melhor negócio para a companhia.

A Petrobras considera ainda opiniões independentes de instituições financeiras, que avaliam as transações, atestando que o valor de venda é justo. "Os processos passam por análise de diversos comitês da companhia e são submetidos aos órgãos competentes para aprovação das transações", diz a estatal, em comunicado ao mercado.

No início de outubro, a Petrobras comunicou que estava negociando a venda de participações nos campos de Baúna e Tartaruga Verde com a Karoon Gas Australia. Conforme o comunicado divulgado na época, a venda seria de 100% da fatia detida em Baúna, no pós-sal da Bacia de Santos, e de 50% em Tartaruga Verde, no pós-sal da Bacia de Campos, em lâmina d'água profunda, de modo que a Petrobras continuará como operadora. Os valores não tinham sido divulgados.

A Karoon Gas Australia também informou hoje o mercado sobre a liminar concedida no Brasil que interrompeu sua compra de fatias nos campos de Baúna e de Tartaruga Verde. Hoje, as ações da Karoon sofreram um tombo de 15,4% na bolsa australiana.

Em comunicado, a Karoon disse que a liminar é preliminar e está sujeita a processo de recurso, que já foi iniciado.

A Karoon possui ativos na Austrália, Peru e Brasil, mais precisamente na Bacia de Santos, com 65% de participação em cinco blocos de exploração. (Karin Sato - karin.sato@estadao.com e Sergio Caldas - sergio.caldas@estadao.com)
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