Agronegócios
21/11/2016 10:00

Peru: Em encontro da Apec, líderes da região fazem apelo contra protecionismo


Lima, 21/11/2016 - Presidentes de países banhados pelo Oceano Pacífico fizeram uma defesa do livre comércio ao final do encontro anual da Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec, na sigla em inglês), que aconteceu neste fim de semana, na capital do Peru.

Em mensagem endereçada ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, os chefes da região, responsável por 60% do Produto Interno Bruto (PIB) global, afirmaram que irão perseguir acordos de livre comércio com ou sem os EUA.

"Precisamos dar uma mensagem inequívoca ao mundo de que o livre comércio continua sendo benéfico", afirmou o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, que já trabalhou no Banco Mundial e que defendeu a "derrota do protecionismo".

A eleição de Trump - que criticou duramente acordos comerciais em sua campanha para a Casa Branca, acusando-os de transferir empregos dos EUA para o exterior - pesou sobre o encontro de 21 nações, incluindo a China, o Japão e o México. A cúpula encerra a última viagem do presidente Barack Obama ao exterior antes do fim de seu mandato, em janeiro.

Ontem, ele também se encontrou com os primeiros-ministros da Austrália e Canadá, Malcolm Turnbull e Justin Trudeau. Eles conversaram sobre o Estado Islâmico, abertura de mercados e reiteraram a aliança entre os três países.

"Estamos alinhados em nossas visões", afirmou Obama.

Caso Trump siga em frente com algumas promessas de campanha, entre elas o engavetamento da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), isso significaria uma grande mudança na política externa do governo norte-americano. Neste fim de semana, muitos líderes da Apec afirmaram que tentarão convencer o próximo presidente dos EUA sobre os benefícios do livre comércio, ao passo que a China indicou que estava pronta a assumir o papel de liderança nesse tema.

"Eu vejo isso como uma mudança estratégica em progresso", afirmou Eric Farnsworth, vice-presidente do Conselho das Américas, que esteve presente na cúpula. "A maior preocupação é os Estados Unidos se eximindo daquele que sempre foi seu papel tradicional." Fonte: Dow Jones Newswires.
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