São Paulo, 10/09/2018 - Os contratos futuros de grãos devem começar o pregão operando em direções distintas nesta segunda-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). A soja deve abrir em alta, influenciada pelas estimativas elevadas de demanda pelo produto norte-americano. O novo regime de tributação sobre exportações da Argentina, que criou o imposto conhecido como retenciones, deve reduzir a competitividade do farelo local e investidores podem redirecionar suas compras para os Estados Unidos (EUA). Há pouco, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)informou que exportadores relataram vendas de 132 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega prevista para o ano comercial 2018/19.
Uma expectativa de demanda chinesa pela oleaginosa norte-americana também impulsiona as cotações da commodity. Notícias recentes indicavam disposição da China de não voltar a originar soja nos EUA nem no fim do ano, continuando a se abastecer em outros países, principalmente o Brasil, mas muitos participantes do mercado acreditam que os chineses precisarão da oleaginosa norte-americana em algum momento, porque o Brasil já vendeu praticamente toda sua safra.
O milho deve abrir em terreno baixista, pressionado pelo recuo do petróleo, que tende a diminuir a competitividade relativa do etanol. Nos EUA, o biocombustível é feito principalmente com milho.
Em direção oposta, o trigo deve abrir em alta, apesar de relatos de que a Rússia não irá impor limites para exportação do cereal. Na última semana, traders nutriam expectativa de possível melhora na demanda do trigo norte-americano com rumores de que o governo russo iria restringir as vendas externas do cereal, em razão da oferta escassa. No entanto, os embarques do cereal russo foram mantidos normalmente.
No overnight, o vencimento novembro da soja subiu 2,75 cents (0,33%), a US$ 8,4675 por bushel. O milho para dezembro recuou 0,75 cent (0,20%), a US$ 3,6625 por bushel, enquanto igual vencimento do trigo ganhou 5 cents (0,98%), a US$ 5,1625 por bushel.
