Londres, 10/09/2018 - O prêmio nominal do açúcar refinado mostrou apenas mudanças marginais em agosto, de acordo com relatório mensal divulgado há pouco pela Organização Internacional do Açúcar (OIA), que tem sede em Londres. Mesmo assim, ressaltou a instituição, continua "consideravelmente" abaixo da média de longo prazo, calculada com base em três anos. O prêmio é obtido pelo diferencial do Índice de Preços do Açúcar Refinado ISO e do Preço Diário ISA. Em junho, o prêmio era de US$ 70,64 por tonelada e, em agosto, diminuiu levemente, para US$ 70,11 por tonelada. A média de longo prazo aponta para um nível de US$ 84,57 por tonelada.
O relatório mensal trouxe também que, além do desequilíbrio entre a oferta e a demanda do produto em termos globais, o lado técnico do mercado também não parece apresentar uma tendência construtiva. "Desde meados de junho, o mercado testemunhou uma forte recomposição das apostas pessimistas feitas pelos fundos de hedge", comparou a OIA. De acordo com a instituição, esses fundos atingiram no mês passado um novo nível recorde de mais de 190 mil lotes - o equivalente a 9,7 milhões de toneladas de açúcar - em posição líquida vendida. No relatório do mês passado, a entidade havia registrado que, no fim de julho, esses fundos tinham ampliado sua posição vendida em Nova York de 30 mil lotes para 140,9 mil lotes. (Célia Froufe, correspondente - celia.froufe@estadao.com)