Agronegócios
10/09/2018 10:10

Açúcar/OIA: em agosto, pressão sobre preço por excedente é reforçada por queda do real


Londres, 10/09/2018 - Os preços do açúcar no mercado mundial permaneceram sob pressão em agosto, nas mínimas de "muitos anos", de acordo com a Organização Internacional do Açúcar (OIA). Além desse efeito de baixa por causa da maior oferta do que a demanda, que já vem sendo verificada nos últimos meses, a instituição que tem sede em Londres salientou que, no mês passado, a precificação da commodity também foi influenciada negativamente por causa da desvalorização do real ante o dólar.

"Durante o mês de agosto, o mercado mundial permaneceu sob pressão dos fundamentos por causa do excedente, reforçada por uma fraqueza renovada da moeda do Brasil, o maior exportador de açúcar do mundo, com os preços levados para as mínimas plurianuais", considerou a entidade em seu relatório mensal divulgado há pouco.

Conforme a OIA, os preços à vista do açúcar bruto (preço diário ISA) começaram o mês em 11,09 centavos de dólar por libra-peso, atingiram a maior cotação do mês em 11,56 centavos de dólar por libra-peso no dia 7, mas declinaram para o nível de 10,75 centavos de dólar por libra-peso em 20 de agosto, a menor cotação diária desde dezembro de 2008. "Com uma correção técnica subsequente, os preços do açúcar bruto terminaram o mês em uma nota mais amistosa, melhorando para 11,17 centavos de dólar por libra-peso", pontuou a instituição. Com esse movimento, a média mensal do mês passado ficou em 11,09 centavos de dólar por libra-peso, o que representou uma queda de 5,4%, ou de 11,72 centavos de dólar por libra-peso em relação a julho.

A Organização também detalhou a tendência dos preços do açúcar refinado no mercado à vista (Índice de Preços do Açúcar Branco ISO). De acordo com a entidade, os preços apresentaram uma trajetória semelhante à do açúcar bruto, passando primeiro de US$ 314,65 por tonelada para US$ 326,25 por tonelada, mas caindo para US$ 304,90 por tonelada em 20 de agosto. Em seguida, os preços se recuperaram parcialmente, para US$ 324,65 por tonelada, resultando em uma média mensal de US$ 317,70 por tonelada. Essa média, segundo a OIA, é a mais baixa verificada para um mês desde dezembro de 2007. (Célia Froufe, correspondente - celia.froufe@estadao.com)
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