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Mercado ilegal de cigarros no Nordeste brasileiro avança e abastece o crime organizado, aponta estudo Ipec

O mais recente estudo do Ipec, encomendado pelo Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), revela um dado preocupante: o Nordeste tem a maior participação regional

13 de junho de 2025

Em 2024, quase metade dos cigarros vendidos na região eram ilegais; Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte concentram os maiores índices

SÃO PAULO, 13 de junho de 2025 /PRNewswire/ — O mais recente estudo do Ipec, encomendado pelo Fórum Nacional contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), revela um dado preocupante: o Nordeste tem a maior participação regional de cigarros ilícitos no país. Por lá, a cada 100 cigarros comercializados, 43 são ilegais — um índice que supera a média nacional (32%) e evidencia o impacto da ilegalidade na região. Essa dinâmica favorece a atuação do crime organizado, que encontra no contrabando de cigarros uma fonte de financiamento.

Entre os estados nordestinos, Maranhão, Piauí e Rio Grande do Norte têm as maiores participações. No Maranhão, 70% dos cigarros são de origem ilícita, movimentando R$ 356 milhões para o crime organizado em 2024 e gerando uma evasão de R$ 111 milhões em ICMS. O Piauí e o Rio Grande do Norte aparecem logo atrás, ambos com 68% de participação do ilegal, com destaque ao Piauí, onde o comércio ilícito rendeu R$ 135 milhões no ano.

Segundo o FNCP, o crescimento do mercado ilegal é resultado de diversos fatores, como a fragilidade das fronteiras, o poder de articulação das facções criminosas e a alta carga tributária sobre o produto legal. No Maranhão, por exemplo, o ICMS sobre o cigarro foi reajustado duas vezes em 2024, aumentando a diferença de preço entre o lícito e o ilícito.

A rota do Suriname no avanço do contrabando no NO e NE
A rota alternativa do contrabando via Suriname também impulsiona o mercado ilegal na região. O caminho marítimo tem se consolidado como uma alternativa vantajosa aos criminosos, que procuram fugir da fiscalização nas fronteiras terrestres tradicionais.

“O cigarro contrabandeado é um dos pilares financeiros dessas facções, porque tem alta demanda e baixo risco comparado a outras atividades ilícitas. Ignorar esse elo é permitir que o crime siga se fortalecendo”, ressalta Edson Vismona, presidente do FNCP.

Cenário nacional      
O avanço do cigarro ilegal é reflexo da crescente estrutura do contrabando no país, que já domina 32% do mercado de cigarros, de acordo com o Ipec. O levantamento estima que o contrabando de cigarros tenha causado um prejuízo de R$ 7,2 bilhões com evasão fiscal, apenas em 2024. Nos últimos 12 anos essa quantia chega a aproximadamente R$ 105 bilhões.

Cision View original content:https://www.prnewswire.com/br/comunicados-para-a-imprensa/mercado-ilegal-de-cigarros-no-nordeste-brasileiro-avanca-e-abastece-o-crime-organizado-aponta-estudo-ipec-302480733.html

FONTE FNCP (Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade)

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