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30/05/2018 18:09

China é responsável por 43% do valor das exportações brasileiras de soja


Joinville/SC--(DINO - 30 mai, 2018) -
O comércio bilateral entre a China e o Brasil cresceu 30% no ano passado, alcançando 87,5 bilhões de dólares. A China é responsável por 43% do valor das exportações brasileiras de soja, de 22% do minério de ferro e de 15% de óleos brutos de petróleo. Os números são da Embaixada da China no Brasil. A meta, de acordo com o embaixador Li Jinzhang, é aumentar esses números, em mão dupla, abrindo oportunidades aos investidores brasileiros na China e também o Brasil liberalizando sua política comercial para atrair investimentos chineses.

Mais que incrementar uma importante parceria comercial bilateral, a China quer ver o Brasil como um parceiro multilateral, apoiando o esforço de combate ao protecionismo global. Essa intenção foi reforçada pelo embaixador da China no Brasil, em sua palestra “Como a China vê o Brasil”, proferida no Congresso da Expogestão, em Joinville/SC.

“Nestes seis anos em que sirvo no Brasil, vejo os altos e baixos pelos quais passa o país”, afirmou o embaixador, tomando como exemplos dessa instabilidade as três capas da revista britânica The Economist (a rápida subida do Cristo Redentor a jato, a queda brusca e nova retomada, agora num balão de gás). “No momento – continuou –, focamos nas metas de curto, médio e longo prazos, mas vemos uma perspectiva global de longo prazo na relação entre os dois países. Queremos ser parceiros que caminham juntos.”

Rota da Seda do século XXI

Li Jinzhang reforçou a posição brasileira como maior parceira comercial da China na América Latina, com uma linha diversificada. “O Brasil – enfatizou – é uma importante ponte para a China, como uma Rota da Seda do século XXI.”

Citando mais um número – 54 bilhões de dólares que seu país investe hoje no Brasil –, Li listou obras de infraestrutura que contam com parceria chinesa.

Voltando a reforçar a necessidade de as duas nações comungarem de uma visão global de longo prazo, o embaixador exortou: “Vamos enfrentar juntos o protecionismo”. Do seu lado, o diplomata lembrou recentes medidas tomadas pelo governo chinês, visando atrair e facilitar os investimentos estrangeiros, entre elas a redução dos impostos sobre importação.

Li iniciou sua experiência diplomática na América Latina em 1976, ocupando a embaixada da China em Cuba, seguida de cargos nas embaixadas na Nicarágua e no México. De volta à China, assumiu o cargo de vice-ministro de Negócios Estrangeiros. Em 2012 foi designado embaixador no Brasil.



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