Releases
30/10/2017 15:36

Psicólogo explica por que a Geração X é incompreendida no ambiente de trabalho


São Paulo--(DINO - 30 out, 2017) - No atual momento econômico do país, onde o nível de desemprego atinge números alarmantes, é importante ficar atento às questões comportamentais que provocam demissões e atrapalham no desenvolvimento profissional a partir das diferenças geracionais, comenta o professor de psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Eduardo Fraga. "Para aqueles que já estão ou procuram se inserir no mercado de trabalho, é importante exercer uma constante reflexão a respeito não só do desenvolvimento de suas competências, mas também do contexto sociocultural no qual suas carreiras são trilhadas", explica Fraga.O psicólogo ressalta ainda que as organizações enfrentam um desafio de lidar com grupos heterogêneos de colaboradores. Tal heterogeneidade pode ser representada pelas diferentes gerações ativas, denominadas babyboomers (nascidos entre 1946 e 1964), Geração X (nascidos entre 1965 e 1977), Geração Y (nascidos de 1978 em diante) e a Geração Digital ou Z (aqueles nascidos após 2002), em virtude de suas diferentes formas de agir, pensar e ver o mundo. É preciso entender que as diferenças geracionais existem e que, se bem administradas, podem trazer significativos ganhos às organizações.O especialista do Mackenzie explica que o advento da globalização, somado à passagem da economia industrial para a nova economia testemunhou o advento de uma nova forma de compreensão das organizações (FICOU CONFUSO). Se antes, as palavras de ordem eram burocracia e segurança, hoje os alicerces se encontram em um importante valor chamado "flexibilidade", e nem todas as gerações conseguem adaptar-se à nova realidade. "É importante destacar o fato de que cada geração, a partir de sua formação inicial, pode apresentar maiores ou menores dificuldades em se adaptar ao contexto de flexibilização ora exigido".A seguir alguns fatores que podem dificultar o desempenho e convívio da Geração X no mercado de trabalho:- Possível dificuldade de mobilidade por conta dos vínculos familiares;- Mão de obra dispendiosa e, por vezes, não tão preparada quanto a geração Y, que cresceram com maior acesso e familiaridade aos meios tecnológicos e podem desempenhar um trabalho semelhante à Geração X, por um custo mais baixo para a organização;Porém, é importante destacar que a Geração X também é indispensável nas organizações. O estudo realizado pela IBM chamado "Mitos, exageros, e verdades incômodas: a verdadeira história sobre a geração Y no trabalho", que entrevistou 1784 funcionários de empresas em 12 países e seis indústrias, com o objetivo de comparar as preferências e padrões comportamentais da geração Y com a geração X e os baby boomers, mostra que ao serem questionadas sobre as qualidades mais importantes em um gestor, por exemplo, todas elas afirmaram que preferem ter um chefe ético e justo - 37% da geração X, 35% de votos da geração Y e 35% dos baby boomers."É preciso que se reflita a respeito do contexto atual e de como a necessidade da criação de carreiras sem fronteiras e inteligentes, isto é, pautadas nas noções de flexibilidade, acúmulo de competências e possível transferência de organizações afetam cada uma destas gerações em relação ao seu ingresso ou manutenção no mundo do trabalho", analisa Fraga.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso