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19/02/2018 13:17

Startup de Campinas po?e Brasil no mercado global de simuladores de voo


Campinas-SP--(DINO - 19 fev, 2018) - Uma empresa que comec?ou como hobby em Campinas e? investida por fundo de capital de risco para ingressar no mercado mundial de simuladores de voo. Sera? a primeira companhia brasileira nesse setor de alta tecnologia, que movimenta R$ 24 bilho?es (US$ 8 bilho?es) anualmente e hoje e? dominado por companhias de pai?ses desenvolvidos.

A Virtual Avionics (VA) recebeu um investimento do Fundo Aeroespacial para fabricar e comercializar cockpits para treinamento de pilotos. Conhecidos como FTDs (Flight Training Devices, ou dispositivos de treinamento de voo), esses equipamentos sa?o muito mais baratos de construir e operar do que os chamados simuladores completos com movimento (FFS), todos feitos hoje por empresas estrangeiras. Os FTDs ve?m sendo cada vez mais utilizados por empresas ae?reas para a formac?a?o inicial dos pilotos.

A empresa de Campinas foi uma das duas u?nicas start-ups selecionadas pela Embraer em 2017 para receber aporte do fundo, que tem capital de R$ 131 milho?es e participac?a?o ativa da fabricante brasileira de aeronaves. A Embraer esta? de olho em simuladores para seus jatos E-195, usados no Brasil sobretudo pela Azul Linhas Ae?reas e por empresas do mundo inteiro em voos regionais.
Com os FTDs, a Virtual Avionics espera ganhar clientes atuando inicialmente num nicho que as grandes empresas, como a canadense CAE - que dete?m mais de 50% do mercado global de simuladores - ve?m deixando desocupado: o de equipamentos que proporcionam experie?ncia de voo com realismo e confiabilidade, mas sem a necessidade de movimento como o das cabines de FFS.

Segundo Amauri Sousa, fundador e CEO da VA, dispositivos desse tipo sera?o cada vez mais necessa?rios, num momento em que as empresas ae?reas se esforc?am para reduzir custos ao mesmo tempo em que a aviac?a?o se expande de forma acelerada, em especial nos pai?ses emergentes.
"A previsa?o e? de que 500 mil pilotos profissionais precisem entrar no mercado nos pro?ximos 20 anos no mundo todo para atender a? demanda por transporte ae?reo. Uma hora de treinamento num FFS custa US$ 500, estima-se que no mi?nimo sa?o US$ 35 mil gastos com simulador na formac?a?o de um piloto", afirma Sousa. "Como parte desse treinamento dispensa a complexidade do FFS, faz sentido para as empresas, especialmente em expansa?o, incorporar FTDs", prossegue. O prec?o de venda de um FTD varia de U$ 500 mil ate? U$ 1,5 milho?es, contra US$ 15 milho?es de um FFS.

A startup de Campinas espera apresentar o produto ao mercado a partir de 2018, atendendo primeiro a companhias ae?reas nacionais e depois a empresas americanas que usam os avio?es da se?rie E1, da Embraer, como o E175 e o E195.
"Fizemos uma ana?lise de todas as empresas brasileiras do setor de simuladores e escolhemos a VA porque e? a melhor", afirma Joa?o Lopes Filho, diretor da Portcapital, gestora do Fundo Aeroespacial. "O produto tem um grande potencial de exportac?a?o."

SOBRE A VA
A Virtual Avionics nasceu em 2014 a partir de um hobby. O engenheiro eletro?nico Amauri Sousa, aficionado por aviac?a?o e simuladores de voo, desenvolveu um piloto automa?tico (MCP) e um aplicativo chamado Virtual CDU (Control Display Unit) para melhorar a pro?pria experie?ncia de voo e as de outros usua?rios dome?sticos de simuladores. Juntamente com os engenheiros Ricardo Dutra e Helton Volasco, ele fundou a empresa, inicialmente voltada para produtos para o consumidor (B-to-C).
Ate? hoje o app desempenha papel importante em vendas ao consumidor da VA, com 30 mil clientes, principalmente na Europa e Ame?rica do Norte. Ele pode ser baixado nas lojas virtuais Apple e Android.

Ainda em 2014, a VA foi selecionada pelo programa Start-up Brasil para capacitac?a?o e bolsa de pesquisa e foi acelerada dentro do
programa pela aceleradora Baita. Naquele mesmo ano, recebeu um primeiro aporte de um investidor anjo de R$ 1,2 milha?o que permitiu a? empresa comec?ar a desenvolver hardware e produtos B-to-B, como sistemas de desk training (simuladores de mesa) para Boeing-737 e os chamados cockpits procedurais - cabines em tamanho real com controles ide?nticos aos do avia?o.

Em 2015, como parte do Start-up Brasil, a empresa fez um roadshow no Reino Unido e nos EUA, e comec?ou a exportar hardware B-to-C para EUA, Franc?a, Alemanha, Holanda e Reino Unido. Em 2016, iniciaram-se as negociac?o?es com o Fundo Aeroespacial, conclui?das em 2017. Hoje a VA tem como clientes escolas de aviac?a?o, o ITA (Instituto Tecnolo?gico da Aerona?utica) e empresas como a Azul Linhas Ae?reas e a Embraer. Saiba mais sobre a empresa em www.virtualavionics.com.br

SOBRE O FUNDO AEROESPACIAL
Criado em 2014, com R$ 131 milho?es captados e prazo de oito anos, o Fundo Aeroespacial e? um fundo de venture capital cuja missa?o e? apoiar as empresas nacionais que desenvolvam tecnologia de ponta e a cadeia produtiva da base industrial dos setores aerona?utico, espacial, de defesa, seguranc?a e integrac?a?o de sistemas.
O fundo e? gerido pela Portcapital e tem como cotistas a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), o BNDES, a Embraer e a Desenvolve SP. Saiba mais em www.fundoaeroespacial.com.br

Website: http://www.virtualavionics.com.br

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