Política
14/05/2020 13:06

Bolsonaro: parece estar havendo questão política de quebrar a economia para atingir o governo


Por Emilly Behnke e Jussara Soares

Brasília, 12/05/2020 - O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje, 14, que parece haver uma "questão política" para afetar o governo por trás da decisão de governadores, que se recusaram a seguir o seu último decreto. O decreto assinado nesta semana incluiu salões de beleza, academias e barbearias na lista de atividades consideradas essenciais, que podem funcionar mesmo durante medidas de fechamento do comércio.

"Tem governador que não vai cumprir (o decreto). Eles estão partindo para a desobediência civil". E acrescentou: "O que parece que está acontecendo é uma questão política tentando quebrar a economia para atingir o governo".

O presidente voltou a citar que uma economia parada pode levar ao "caos" e a "fome" e defendeu a reabertura. O chefe do Executivo também voltou a citar as medidas de restrição adotadas pelos governadores, em especial, João Doria (PSDB), de São Paulo, epicentro da doença no País. Para o presidente, a ameaça de um lockdown no Estado paulista é "inimaginável".

"Um homem está decidindo o futuro de São Paulo, está decidindo o futuro da economia do Brasil. Os senhores (empresários), com todo o respeito, têm que chamar o governador (João Doria) e jogar pesado. A questão é séria, é guerra. É o Brasil que está em jogo", declarou.

"Se continuar o empobrecimento da população, como está acontecendo, daqui a pouco seremos iguais na miséria e a miséria é terreno fértil para aparecer aqueles falsos profetas", disse.

Bolsonaro afirmou aos empresários que eles são os seus "patrões" e que, caso fosse chamado, iria a São Paulo para conversar com eles e, inclusive, com o governador Doria e com outros poderes públicos para buscar uma solução para a crise.

"O que nós queremos é mostrar para os brasileiros que o vírus infelizmente vai matar algumas pessoas. Agora a questão do desemprego vai matar dezenas e dezenas e dezenas de mais pessoas. E nós temos que ser responsáveis".
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