Política
12/09/2018 10:47

Ciro: quem vota em Bolsonaro quer matar meu país


Rio, 12/09/2018 - O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira, 12, que o eleitor que "vota em (Jair) Bolsonaro quer matar" o Brasil. Ele criticou afirmações feitas por aliados do candidato do PSL após o grave ataque a faca que ele sofreu em Juiz de Fora, na última quinta-feira, 6. "Bolsonaro, uma aberração, sofre um atentado. Aí vai o Magno Malta, o Silas Malafaia... O filho dele diz 'vamos ganhar essa bagaça no primeiro turno'. Estão insultando a inteligência da população. Estou tentando propor um caminho mais racional".

Em sabatina no jornal "O Globo", no Rio, ao falar de sua vice, Kátia Abreu, Ciro afirmou que não aceitou convite para ir à Confederação Nacional da Agricultura (CNA) durante a campanha, entidade da qual ela foi presidente, por ter a CNA uma "posição muito retrógrada, bolsonarista". "Uma pessoa que vota no Bolsonaro quer matar meu País, me tem como inimigo", afirmou.

Sobre Kátia, explicou: "Eu convidei porque ela me completa, porque somos diferentes. No pensamento mais conversador, sou visto como uma pessoa mais de esquerda, mesmo procurando ser moderado, equilibrado, que gosta de produzir resultados. Kátia presidiu a CNA, teve tarefa extraordinária, por isso é uma pessoa proscrita lá".

O pedetista afirmou que ainda que sua vice pensasse diferente dele no tocante à legislação sobre agrotóxicos, não a ouviria. "Pouco importaria para mim se ela fosse a favor, com todo o respeito. Eu não admitiria (a liberação de mais agrotóxicos nas lavouras), mas felizmente ela é contra."

Ao se comparar com Fernando Haddad, disse que a atual fase da campanha, com o petista oficializado como postulante, "vai ser uma intrigalhada infernal" para o eleitor do campo da esquerda se decidir. "Aparentemente é um eleitorado à esquerda, ao centro, pessoas que têm simpatia pelo Lula. Mas vou evitar essa intriga. Eu acho que sou um pouco mais largo que ele (Haddad), a proposta que eu tenho fala ao centro-esquerda, inclusive negando o PT. Quero que o Brasil saia dessa contradição, que já está descambando para a violência, com amigos desfazendo a amizade. O Brasil não cabe nessa miudice de coxinhas contra mortadelas". (Roberta Pennafort)
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