Política
06/06/2018 21:01

'Estado não terá posto de gasolina nem vai entregar encomenda', diz Flávio Rocha


Brasília, 06/06/2018 - O empresário das lojas Riachuelo e ex-deputado Flávio Rocha, pré-candidato ao Planalto do PRB, disse hoje que pretende realizar um plano agressivo de privatização da ordem de R$ 700 bilhões caso seja eleito presidente da República. Entre as empresas estatais na mira do programa estão a Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federa, Eletrobrás e os Correios.

"O Estado não terá posto de gasolina nem terá empresa de entrega de encomenda", afirmou, em referência a atividades econômicas da Petrobrás e dos Correios.

Rocha disse que o monopólio estatal em setores fundamentais é uma forma perversa de tributação. Ele ressalvou, porém, que seu projeto de Estado mínimo não afetará as tarefas típicas de governo. O pré-candidato do PRB planeja ter apenas dez ministérios.

Rocha afirmou que decidiu sair da zona de conforta da sua empresa para tentar a Presidência por um vazio de não ter em quem votar e por ver pedidos constantes de jovens favoráveis à intervenção militar: "Foi determinante para eu levantar da cadeira empresarial no meu melhor momento". Ele disse que sente um profundo pesar pelo período de ausência de democracia no País. Rocha afirmou que uma opção por candidatos de esquerda sufocaria a liberdade econômica, enquanto um de direita significaria uma ameaça à liberdade política.

O pré-candidato do PRB disse que pretende acabar com a "contaminação ideológica" em setores como o meio ambiente e a segurança pública. Ele pretende alterar a estabilidade no serviço público e defendeu a meritocracia.

Rocha classificou o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), pré-candidato ao Planalto que disputa com ele preferência no eleitorado conservador, como uma "Marine Le Pen brasileira", adepto do ideário de direita nos costumes e de esquerda na economia. Ele ponderou, porém, que Bolsonaro radicaliza demais, o que gera rejeição.

Rocha disse se considerar um candidato plural por ter apoio dos empresários, no Nordeste, de igrejas e do MBL (Movimento Brasil Livre). O pré-candidato disse ter se "fascinado pela maturidade intelectual dos meninos" do grupo, responsável por manifestações a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. (Felipe Frazão)
Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast Político e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso