Política
06/06/2018 15:21

Temer: Investigação sobre Rodrimar 'entrou no terreno da ficção policial'


Brasília, 06/06/2018 - Em nota, o presidente Michel Temer afirmou, nesta quarta-feira, 6, que o inquérito da Polícia Federal sobre suposto benefício do emedebista ao grupo empresarial Rodrimar "entrou no terreno da ficção policial". "Nada mais precisa ser dito sobre esse escândalo digno do Projac, a maior fábrica de ficções do país", afirmou o presidente no comunicado divulgado pela Secretaria de Comunicação da Presidência.

Temer defendeu que o delegado responsável pelo caso não possui provas ou fatos novos, mas mesmo assim tenta reabrir a investigação contra ele.

"Usa agora planilha encontrada nesses arquivos. E com base neste documento produz um fantasioso cenário de reconstrução arqueológica, mas está alimentando apenas uma imensa farsa. Tal planilha já foi renegada pela pessoa que acabou, involuntariamente, anexando esse papel, sem origem e sem autor, a processo de separação", disse Temer.

No final de abril, ao pedir a prorrogação do inquérito do Decreto dos Portos por mais 60 dias, o delegado federal Cleyber Malta argumentou que seria preciso analisar o material relacionado a uma apuração antiga sobre o Porto de Santos, o inquérito 3105/STF. Em um relatório de análise produzido na investigação, a PF cita uma planilha desse inquérito com citações a um sigla (MT), que seria Michel Temer, atrelada a valores.

A assessoria de imprensa de Temer encaminhou para os jornalistas, junto com a nota, um documento de 2001 no qual Érika Santos afirma que entregou o documento com a planilha aos seus advogados apenas para análise, e não para serem utilizados, "já que não tinha certeza nenhuma da verdade do seu conteúdo e da sua origem". O documento foi anexado num processo movido por Érika contra o empresário Marcelo Azeredo, seu ex-companheiro.

Temer é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura favorecimento da empresa Rodrimar, que atua no Porto de Santos, por um decreto que prorroga a vigência dos contratos assinado pelo presidente.(Julia Lindner e Tânia Monteiro)
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