Política
15/12/2017 08:06

Estado de SP tem pelo menos 10 obras de Rodovias atrasadas há mais de 1 ano


Sorocaba, 14/12/2017 - Às vésperas das férias de verão, o Estado de São Paulo ainda tem pelo menos dez obras viárias com mais de um ano de atraso. Se estivessem prontas no prazo, as vias já poderiam reduzir congestionamentos, frequentes nesta época do ano. Entre os projetos pendentes, estão obras importantes, como o trecho norte do Rodoanel, a Nova Tamoios Contornos e a duplicação da Régis Bittencourt na região da Serra do Cafezal.

De acordo com o governo estadual e a concessionária responsável pela Régis, a Arteris, parte dos atrasos se deve a questões ambientais e desapropriações. Além disso, diz o governo, houve efeitos negativos da crise econômica no ritmo das obras.

O projeto da Nova Tamoios Contorno, com pista dupla entre São Sebastião e Caraguatatuba, no litoral norte, foi licitado em 2012. A entrega deveria ter sido feita há um ano. O primeiro de quatro lotes deve ser entregue até junho. Os outros três até lotes serão até o fim de 2018.

O Trecho Norte do Rodoanel, com 47,6 km de extensão, era para estar pronto em fevereiro de 2016. A nova previsão é de que a rodovia seja totalmente liberada ao tráfego somente no final do ano que vem. Se for cumprido esse prazo, o Rodoanel será concluído 20 anos após o início das obras

O trecho da Serra do Cafezal, na altura de Miracatu, tornou a Régis Bittencourt, que liga São Paulo até o Paraná, conhecida como “rodovia da morte”, pelo alto número de acidentes. Em 2016, houve uma morte a cada 3,7 km da serra, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

A duplicação do último trecho será entregue na próxima semana, com cinco anos de atraso. A ampliação da rodovia é feita desde a década de 1970. No local, operários e técnicos dão os retoques finais.

“Está tudo pronto, estamos só testando a iluminação dos túneis. Será um presente de Natal para São Paulo”, diz o superintendente da concessionária Arteris, Nelson Bossolan. O processo de licenciamento da obra na Serra, um dos mais longos do País, foi refeito várias vezes para preservar a fauna local e pequenas nascentes.

Entre as obras atrasadas, além da Regis, há outro projeto federal: a duplicação da rodovia Transbrasiliana, a BR-153. Atualmente, está sendo duplicado um trecho de 2,8 km, entre São José do Rio Preto e Bady Bassit, no interior paulista, mas quase todo o resto continua em pista simples. A rodovia corta transversalmente o Estado e é muito usada para transportar cargas.

Sobrecarga. “Nos últimos dez anos, a frota quase dobrou e não houve expansão equivalente da malha. Rodovias importantes estão saturadas porque recebem tráfego para o qual não foram dimensionadas, o que fica evidente em períodos de grande demanda”, diz o diretor da Confederação Nacional de Transportes, Bruno Batista. A frota paulista é de 28,9 mil veículos - em 2008 eram 18,4 mil, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). (José Maria Tomazela)
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