Política
22/02/2018 20:32

Planalto discute com agências de publicidade propagandas sobre intervenção


Brasília, 22/02/2018 - O Palácio do Planalto já está discutindo com agências de publicidade que tipo de peças de propaganda serão usadas para tratar da intervenção no Rio de Janeiro. Muitas das peças terão o apelo de mensagens de utilidade pública. A ideia do governo é deflagrar essas publicidades após os primeiros resultados de melhoria da sensação de segurança para a população, que acreditam que virão em um curto espaço de tempo.

O próprio comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, pediu que seja feita uma comunicação que traga como resultado o engajamento da sociedade em apoio aos agentes de Estado em operação no Rio de Janeiro. A princípio, serão feitos filmetes a serem divulgados em emissoras de televisão. Mas também estão previstos outros tipos de publicidades tradicionais.

Em um primeiro momento, no entanto, preocupado com as falas desencontradas de ministros e interlocutores ligados à intervenção no Rio de Janeiro, Planalto quer unificar o discurso dos envolvidos no tema, para evitar que a população fique confusa em relação a um processo, que o governo federal está apostando todas as suas fichas.

O presidente Michel Temer, que desde o início da idealização da intervenção avisou que queria um militar para ser seu representante neste processo, vai deixar com o próprio general Walter Braga Netto, comandante Militar do Leste e interventor da área de segurança no Rio de Janeiro a condução dos comunicados a serem dados neste setor, por estar na linha de frente e ter, em suas mãos, as estratégias das operações que serão realizadas e, estrategicamente sabe o que pode e o não pode, e o que deve e o que não precisa ser divulgado para não atrapalhar os trabalhos.

Com isso, a comunicação deverá ser centralizada em quem está na linha de frente, com os ministros ligados ao tema, sendo informados dos caminhos escolhidos pela área operacional, para evitar divergência de opinião, ou "falsas polêmicas", como dizem que ocorreu, no caso dos mandados coletivos, que são instrumentos usados há anos, em inúmeras operações em diversas comunidades e que agora viraram objeto de acaloradas discussões. O uso do pessoal que está na linha de frente da operação para repassar informações também visa dar respostas mais rápidas às demandas e emitir sinais com mais rapidez e eficiência à população.

A decisão de deixar a comunicação sobre a intervenção concentrada no Exército foi do próprio presidente Michel Temer. O presidente quer prestigiar o interventor e sua equipe e já avisou que ele terá todo o seu apoio nas medidas a serem adotadas. Braga Netto, como interventor de um estado, apesar de ser um general, em um comando militar, com uma cadeia hierárquica a respeitar, passa a ter, por outro lado, uma interlocução direta com o presidente para tratar das questões do Rio de Janeiro. (Tânia Monteiro)
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