Política
22/02/2018 20:25

Lula/advogado: depoimento de ex-deputado do PP de PE reforça improcedência de denúncia


São Paulo, 22/02/2018 - O advogado Cristiano Zanin Martins, que defende o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira, 22, em nota, que o depoimento prestado hoje pelo ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) reforçou a "improcedência" da denúncia no caso que trata de supostas obras no sítio de Atibaia, no interior de São Paulo.

No depoimento, Corrêa afirmou: "Eu não tenho nenhum conhecimento de reforma feita no sítio de Atibaia. Eu sabia que o presidente Lula tinha um sítio em Atibaia, porque as pessoas diziam que ia lá jogar futebol, visitar o presidente. Mas eu não tinha conhecimento, nunca fui nesse sítio de Atibaia e não sabia nem o nome do sítio. Na verdade, na verdade, eu não tinha, eu sabia que os contratos tinham propina porque nós recebíamos propina da Diretoria de Abastecimento".

Martins disse que o ex-deputado do PP de Pernambuco admitiu que jamais teve conhecimento de qualquer vínculo entre os oito contratos da Petrobras indicados na denúncia e supostas obras realizadas na propriedade rural. "Após fazer referência a um sítio no interior de São Paulo em seu depoimento, Corrêa foi perguntado pela defesa de Lula: 'O senhor ouviu falar só que o ex-Presidente tinha um sítio, é só isso?', o ex-deputado reconheceu: 'É verdade, é só isso'", cita o advogado de Lula.

Martins disse ainda que o ex-presidente é proprietário de um sítio em São Bernardo do Campo, no Grande ABC (SP), chamado “Los Fubangos”, como consta na declaração de Imposto de Renda (IR). Já o sítio de Atibaia pertence à família Bittar, declarou. (O Estado de S. Paulo)

De acordo com o advogado, "'a forma de aquisição da propriedade e seu registro' do sítio de Atibaia, segundo afirmado pelo Ministério Público Federal (página 111 da denúncia), 'não são objeto da denúncia' relativa a essa ação penal". Segundo Martins, o juiz federal Sérgio Moro aceitou ouvir Corrêa como testemunha mesmo após ser "alertado" pela defesa de Lula de que o ex-deputado já havia sido condenado na Ação Penal 470 (“Mensalão”), teve o mandato parlamentar cassado em 2006 por quebra de decoro parlamentar, além de ter sido condenado pelo próprio Moro em outra ação penal.

"O mesmo juiz Sérgio Moro negou em três oportunidades ouvir o advogado Rodrigo Tacla Durán como testemunha arrolada pela defesa de Lula sob o fundamento de que a palavra de pessoa envolvida em crimes “não é digna de crédito”. O advogado não sofreu qualquer condenação, ao contrário de Correa”, afirmou o advogado.

Leia a íntegra da nota:

"Ex-deputado Pedro Correa afirma desconhecer vínculo entre Petrobras e reformas em sítio
O depoimento prestado hoje (22/02) pelo ex-deputado Pedro Correa nos autos da Ação Penal no. 5021365-32.2017.4.04.7000/PR reforçou a improcedência da denúncia oferecida contra o ex-presidente Lula no caso que trata de supostas obras em um sítio de Atibaia.
Correa admitiu que jamais teve conhecimento de qualquer vínculo entre os oito contratos da Petrobras indicados na denúncia e supostas obras realizadas nessa propriedade rural.
Após fazer referência a um sítio no interior de São Paulo em seu depoimento, Correa foi perguntado pela defesa de Lula: “o senhor ouviu falar só que o ex-Presidente tinha um sítio, é só isso?”, o ex-deputado reconheceu: “é verdade, é só isso”.
Lula é proprietário de um sítio em São Bernardo do Campo (SP), chamado “Los Fubangos”, como consta em sua declaração de Imposto de Renda. Já o sítio de Atibaia pertence à família Bittar.
“A forma de aquisição da propriedade e seu registro” do sítio de Atibaia, segundo afirmado pelo Ministério Público Federal (página 111 da denúncia), “não são objeto da denúncia” relativa a essa ação penal.
O juiz Sérgio Moro aceitou ouvir Pedro Correa como testemunha mesmo após ser alertado pela defesa de Lula de que o ex-deputado já havia sido condenado na Ação Penal 470 (“Mensalão”), teve o mandato parlamentar cassado em 2006 por quebra de decoro parlamentar, além de ter sido condenado pelo próprio Moro em outra ação penal. O mesmo juiz Sérgio Moro negou em três oportunidades ouvir o advogado Rodrigo Tacla Durán como testemunha arrolada pela defesa de Lula sob o fundamento de que a palavra de pessoa envolvida em crimes “não é digna de crédito”. O advogado não sofreu qualquer condenação, ao contrário de Correa”.
CRISTIANO ZANIN MARTINS
Advogado do ex-presidente Lula"
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