Eurasia: Interesses comuns do governo e líderes farão com que agenda de reformas continue
Por Pedro Caramuru
São Paulo, 7/1/2019 - Análise do Grupo Eurasia diz que a agenda de reformas deve se manter firme durante este ano, principalmente por causa do encontro de interesses do Executivo e de lideranças partidárias no Legislativo. O estudo aponta a aprovação da reforma da Previdência como indicador de que as preocupações sobre as dificuldades em ratificar mudanças no Congresso foram exacerbadas, mas não descarta que o presidente Jair Bolsonaro deverá continuar fazendo sacrifícios pela escolha de não ter uma base de apoio no Parlamento.
Os líderes partidários foram apontados como os principais fiadores das votações postas em plenário durante 2019 por intermédio dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O relatório indica ainda a fidelidade dos parlamentares às orientações de bancada como fundamental para a aprovação dos projetos.
Outro ponto destacado é a discordância entre os partidos e o governo que pode fazer com que propostas tenham dificuldade em encontrar um acordo ou fiquem encalhadas em comissões esperando um parecer, gerando dificuldades para a previsão de uma data para a aprovação.
Contudo, a análise ressalva que as divergências parecem se restringir ao campo social e não econômico. O principal risco para o sucesso das mudanças são os fatores que podem mudar os interesses das lideranças, num cenário de possível frustração econômica e crescentes tensões sociais.
