Por Julia Lindner e Rafael Moraes Moura
Brasília, 20/02/2020 - O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, avalia viajar ao Ceará no início da próxima semana para acompanhar de perto a crise decorrente do motim de policiais militares por aumento salarial. Azevedo deverá ir acompanhado do Advogado-geral da União, André Mendonça. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o emprego das Forças Armadas para reforçar a segurança do Estado.
Segundo fontes próximas ao ministro da Defesa, ele cancelou a viagem que faria durante o feriado de carnaval para acompanhar a crise na segurança do Ceará e a situação dos brasileiros repatriados da China que estão em quarentena por causa do risco do coronavírus.
O decreto de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) no Ceará, assinado na quinta-feira por Jair Bolsonaro, tem validade até a próxima sexta-feira, 28. O Comando Militar do Nordeste ficará responsável pela operação.
Ontem, cerca de 300 homens da Força Nacional de Segurança já foram enviados ao Estado, após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, atender ao pedido feito pelo governador do Ceará, Camilo Santana. Não há informação se Moro também pretende visitar o Estado. O ministro está em Curitiba (PR), onde mora.
Em 48h, entre quarta e sexta-feira, o Ceará registrou 51 assassinatos, mais de um por hora, em meio ao motim, que começou na noite de terça-feira, 18. Antes, a média de homicídios no Estado em 2020 era de 6 por dia. As informações são do portal G1.
