Brasília, 12/03/2019 - Um grupo de deputados do PSL se reuniu na manhã desta terça-feira com o secretário de Política Econômica do governo, Adolfo Sachsida, para tirar dúvidas sobre a proposta da reforma da Previdência. No encontro, os parlamentares reclamaram que as novas regras previstas para o Benefício da Prestação Continuada (BPC) tem desgastado o debate sobre a reforma e que falta uma comunicação mais efetiva por parte do governo para esclarecer a população.
"Acho que o impacto do BPC é tão pequeno e o desgaste com a população é muito grande. É preciso ter alguma alternativa rápida para diminuir o desgaste e para evitar que outras categorias se aproveitem disso para fazer seu lobby", disse o deputado Junior Bozzella (PSL-SP) na reunião a que o Broadcast Político teve acesso.
O líder do partido na Casa, delegado Waldir (GO), cobrou do governo maior empenho na comunicação com a população para, de acordo com ele, explicar cada ponto da reforma e evitar a proliferação de informações distorcidas.
"A reforma já está nas ruas. Onde eu ando só se fala na reforma. E o governo está muito tímido em falar sobre ela. Tenho passado para a comunicação várias sátiras que tenho visto e não estamos fazendo o contraponto", disse.
Waldir lembrou que atuou contra a reforma da Previdência apresentada pelo ex-presidente Michel Temer e disse saber como é estar "do outro lado da trincheira".
"Trabalhei contra a reforma do Temer. Conheço a trincheira do outro lado. O problema naquela época era a DRU e parece que isso foi resolvido. E isso tem que ficar claro para a população", afirmou.
A bancada do PSL tem realizado encontros semanais para discutir pautas que estão na ordem do dia desde o início da legislatura. Durante parte de suas explicações, o Sachsida afirmou que, "se a reforma apresentada agora não for aprovada neste ano, o País vai entrar em uma recessão". A frase foi usada por ele para exemplificar como os deputados podem responder a dúvidas e críticas de seus eleitores nas ruas. (Mariana Haubert e Camila Turtelli)
