São Paulo, 11/3/2019 - O ex-ministro e ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) relacionou na tarde desta segunda-feira, 11, a eleição do presidente Jair Bolsonaro aos interesses de milicianos.
Em evento, em São Paulo, do Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE), Ciro discorria sobre a origem das ligações clandestinas de TV a cabo no fim dos anos 1990 no Brasil quando fez a comparação.
"Botaram a milícia para proteger o gato, depois a milícia elegeu o presidente da República para o presidente da República proteger a milícia", afirmou o pedetista, sem citar nominalmente Bolsonaro.
A crítica não foi a única ao presidente. Ao citar trechos de falas de Bolsonaro durante a campanha, Ciro disse que "as palavras do presidente são cada vez menos repetíveis". Ele disse ainda que o filho do presidente "arrecadava dinheiro do funcionário para botar o dinheiro no bolso".
"E se fosse prefeito, seria sério? E se fosse governador, seria sério? E se fosse ministro? E se fosse presidente, como é, seria sério?", disse Ciro.
O gabinete de Bolsonaro também não foi poupado. Ao dizer que o governo prometeu "desmamar o agronegócio", Ciro disse que a equipe econômica "vai destruir o agronegócio brasileiro por pura interdição mental". (Mateus Fagundes - mateus.fagundes@estadao.com)
