Nova York, 19/09/2017 - O presidente Michel Temer afirmou em discurso nesta terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável "é de primeira hora". "Permeia nossas políticas públicas e nossa atuação externa", afirmou o peemedebista. O dirigente disse ainda que o desmatamento na Amazônia preocupa, mas está sendo combatido e já mostra resultados.
Temer ressaltou que em todas as frentes, o Brasil procura dar sua contribuição para os "Objetivos de Desenvolvimento Sustentável", que inclui o combate às mudanças climáticas. "Seguiremos empenhados na defesa do Acordo de Paris. No ano passado, aqui mesmo em Nova York, depositei o instrumento de ratificação do Acordo pelo Brasil. Essa é matéria que não comporta adiamentos."
Ainda no discurso, o presidente ressaltou que o Brasil está na "vanguarda do movimento em direção a uma economia de baixo carbono" e destacou que a energia limpa e renovável representa mais de 40% da matriz energética brasileira. Esse porcentual é três vezes a média mundial. "Somos líderes em energia hídrica e em bioenergia", disse ele.
Ainda ao falar do tema, Temer ressaltou que o Brasil "orgulha-se de ter a maior cobertura de florestas tropicais do planeta" e mostrou preocupação com o desmatamento. "É questão que nos preocupa, especialmente na Amazônia", afirmou ele, destacando que o governo tem "concentrado atenção e recursos" para combater o desmatamento e que a estratégia já deu resultados. "Pois trago a boa notícia de que os primeiros dados disponíveis para o último ano já indicam diminuição de mais de 20% do desmatamento naquela região. Retomamos o bom caminho e nesse caminho persistiremos."
Comércio
Após falar de questões climáticas e desmatamento, Temer ressaltou que o outro importante vetor do desenvolvimento para o Brasil é o comércio. "Nosso engajamento é por um sistema de comércio internacional aberto e baseado em regras. Um sistema que tem por centro a OMC e seu mecanismo de solução de controvérsias."
Temer disse em seu discurso que na Conferência Ministerial de Buenos Aires, em dezembro, o Brasil terá que enfrentar pendências antigas. "São pendências que prejudicam, sobretudo, países em desenvolvimento." (Ricardo Leopoldo, correspondente - ricardo.leopoldo.@estadao.com)
