Política
12/09/2018 11:43

Ciro critica juízes, cita Moro e diz não saber "a que horas julgam"


Rio, 12/09/2018 - O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, criticou a postura de juízes, como Sérgio Moro, em sabatina no jornal "O Globo" nesta quinta-feira, 12. "Não tem um debate no estrangeiro em que eu não encontre um desses aí. Não sei a que horas julgam. Tem cochicho no ouvido do Aécio (Neves)... Não sei se é porque estou velho, mas no meu tempo, juiz não ia nem para o bar. Ele não pode se dar a esse desfrute. Um juiz singular vai ter chibata moral da República? Essas coisas têm que ser sóbrias".

Ele criticou ações da Lava Jato perto das eleições. "O objetivo da Lava Jato é passar para a sociedade brasileira que a impunidade não é mais um prêmio do bandido de alta coturno. Agora, causa constrangimento fazer isso agora. O Beto Richa... Isso tudo é muito estranho." Ele reafirmou seu posicionamento anticorrupção: "No meu governo, se eu não roubo, não rouba ninguém para baixo".

Comentando brevemente as pesquisas eleitorais, que o colocam em segundo lugar nas intenções de voto, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), Ciro disse que "ninguém acreditava" que seu desempenho seria bom. Afirmou, ao responder sobre um possível acordo com o PT num segundo turno contra Bolsonaro, que seu "inimigo" não é o partido de Fernando Haddad.

"Meu inimigo é o projeto (Michel) Temer, que é replicado pelo PSDB e pelo Bolsonaro, um projeto antipobre. Meu problema com o PT é o risco com que tem exposto o País de dançar à beira do abismo", disse, referindo-se à demora no anúncio de Haddad no lugar do ex-presidente Lula, preso pela Lava Jato.

Num momento mais relaxado, de "terapia de grupo" com os jornalistas do Globo, falou de seu controle emocional. "Eu fiz uma opção de vida de devoção ao povo brasileiro. Sei que fica avizinhado à demagogia, mas é o sentido superior da minha vida. Devo ter pedido o primeiro voto da minha vida no berçário da maternidade. No primário já estava envolvido nas questões coletivas. Estou me controlando, sou avô. Mas não vou virar uma barata para ser presidente da República". (Roberta Pennafort)
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