Curitiba e São Paulo, 29/02/2016 - Os promotores de Justiça Cassio Conserino e Fernando Henrique de Moraes Araújo, do Ministério Público do Estado de São Paulo, informaram nesta segunda-feira, 29, que não têm a intenção de conduzir coercitivamente o ex-presidente Lula e sua mulher Marisa Letícia para prestarem depoimento no Procedimento Investigatório Criminal (PIC) sobre o tríplex 164/A no Condomínio Solaris, no Guarujá. Segundo os promotores houve ‘um equívoco’.
“Talvez tenham utilizado modelo padrão para notificação de testemunhas, uma vez que nessa hipótese é possível”, assinalam os promotores em documento que será encaminhado nesta terça, 1, ao Tribunal de Justiça do Estado onde a defesa de Lula ingressou com pedido de habeas corpus para impedir a eventual condução coercitiva do petista e de sua mulher Marisa Letícia.
“Esse erro não foi perpetrado por nós”, afirma Conserino, que soube pela imprensa do uso da expressão ‘condução coercitiva’ na intimação ao ex-presidente. Conserino suspeita de crime de lavagem de dinheiro por meio de ocultação patrimonial. Ele suspeita que o ex-presidente é o verdadeiro proprietário do tríplex no Guarujá. A defesa de Lula afirma que ele não é dono do imóvel. (Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba)