Brasília, 29/2/2016 - A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta segunda-feira no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) um pedido de habeas corpus preventivo para tentar evitar uma possível condução coercitiva ao Ministério Público Federal (MPF). Lula foi citado para dar explicações sobre o triplex no Guarujá, na Baixada Santista (SP), que teve reforma bancada pela OAS e que teria sido comprado pela ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva.
A defesa de Lula e Marisa informou hoje que os dois não pretendem comparecer ao depoimento marcado para o próximo dia 3. A defesa enviou hoje documento ao Ministério Público do Estado de São Paulo por meio do qual apresenta sua versão sobre o tríplex 164/A do Condomínio Solaris, no Guarujá, que ele nega ser o proprietário.
Com 'explicações escritas', o petista busca esclarecer dúvidas sobre o imóvel levantadas na investigação conduzida pelo promotor de Justiça Cássio Conserino. Em nota, o Instituto Lula destacou que o ex-presidente e Marisa Letícia "prestarão todos os esclarecimentos por escrito e não em audiência'.
Conserino já havia intimado uma primeira vez o ex-presidente para depor no dia 17 de fevereiro. Mas uma liminar obtida pela defesa do petista no Conselho Nacional do Ministério Público barrou o depoimento de Lula. Na semana passada, o Conselho, por unanimidade, autorizou a continuação das investigações no âmbito da Promotoria paulista. Na última sexta, Conserino reintimou o ex-presidente. (Carla Araújo - carla.araujo@estadao.com)
