São Paulo, 15/12/2017 - A Prefeitura de São Paulo apresentou nesta sexta-feira, 15, aos professores da rede municipal o currículo que será seguido nas escolas para os alunos do Ensino Fundamental (do 1.º ao 9.º ano). O documento foi apresentado no mesmo dia em que o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou a versão final da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que agora segue para homologação pelo Ministério da Educação (MEC).
A BNCC prevê o que deve ser ensinado em cada ano escolar em todos os colégios do País. O currículo da capital paulista traz novidades em relação à diretriz nacional, com objetivos de aprendizado que envolvem a identidade de gênero, conteúdos de tecnologia e orientações didáticas e materiais de apoio para os professores.
O currículo já passará a vigorar nas unidades em 2018. "Nosso currículo inova quando a gente coloca as orientações didáticas juntas com os ODSs [Objetivos de Desenvolvimento]. Para nós, o aluno que a gente quer formar não é diferente daquilo que ele tem de aprender. A gente precisa superar essa dicotomia", disse o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider.
O currículo será adotado em 550 escolas para 400 mil estudantes. O documento ainda prevê as chamadas habilidades socioemocionais, que incluem criatividade, empatia e abertura à diversidade, por exemplo. O novo currículo menciona nove competências com características socioemocionais. Além de nomear a habilidade, o texto indica para o que ela serve.
Os alunos terão aulas de programação e letramento digital a partir do 1.º ano do Ensino Fundamental, em que serão abordados temas como ética nas redes sociais e cultura maker. Schneider anunciou que foram comprados 96 mil computadores novos, que serão entregues em todas as escolas da rede em 2018 para que a parte de tecnologia do currículo possa ser trabalhada.
O currículo de São Paulo manteve o ciclo de alfabetização nos três primeiros anos, mas pôs como meta assegurar que todos estejam alfabetizados até o fim do 2.º ano. Diferentemente da BNCC, o documento da rede municipal não aborda a educação infantil (creche e pré-escola), que, de acordo com o secretário municipal de Educação de São Paulo, será discutido posteriormente. (Isabela Palhares)
