Economia & Mercados
22/06/2021 09:55

Febraban/Sidney: Não temos vergonha de sermos bancos; não nos escondemos atrás de marketing


Por Aline Bronzati e Marcelo Mota

São Paulo, 22/06/2021 - O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, saiu em defesa do setor e reforçou o coro de banqueiros por tratamento igualitário quanto à regulação brasileira. Rebatendo o discurso de fintechs e novos entrantes, afirmou que os bancos não vivem "crise de identidade" e veem o aumento da concorrência como "fundamental".

"Não temos vergonha de sermos bancos, muito ao contrário, e também não nos escondemos atrás de letras, marketing e grifes", afirmou Sidney, durante discurso de abertura do CIAB, tradicional feira de tecnologia bancária, que ocorre no formato semipresencial por conta da pandemia.

"Os bancos não vivem uma crise de identidade. Não somos como alguns que estão crescendo bastante, que já alcançaram o tamanho de bancos, parecem bancos, agem como bancos, mas preferem se dizer apenas empresas de tecnologia", emendou.

Sidney chamou ainda de "lenda urbana" a percepção de que empresas de tecnologia que prestam serviços financeiros superam os bancos no quesito inovação e disse que as instituições financeiras já eram "fintechs" antes de a sigla "virar moda". "Não iniciamos ontem. Ao longo das últimas três décadas, os bancos brasileiros estiveram e continuam na vanguarda da tecnologia bancária mundial", afirmou.

O setor bancário, conforme ele, apoia e colabora com a agenda "acertada" de competitividade do Banco Central. Afirmou ainda que o segmento é "favorável a medidas que estimulem a competição e a entrada de novos players, preservando-se a isonomia de regras".

Segundo o presidente da Febraban, a entrada das fintechs e dos bancos digitais é uma realidade. "Esses novos players têm contribuído muito para a eficiência de toda a indústria financeira, com inegáveis ganhos para as pessoas e empresas", avaliou. "Vivemos um momento disruptivo e os bancos estão prontos", acrescentou.

Reformas

Ao fim de seu discurso, Sidney enfatizou os desafios que o Brasil tem à frente, cobrando a agenda de reformas prometida pelo governo Bolsonaro. "Precisamos aprovar, com a maior urgência, a agenda de reformas como a tributária e a administrativa", disse Sidney.

Também alertou quanto à necessidade de melhorar o ambiente de negócios no País e defendeu o protagonismo do setor privado. "Precisamos melhorar, e muito, o ambiente de negócios no país para facilitar a entrada de capital privado, que é a principal fonte de recursos para tocar a retomada econômica", afirmou. "Temos de virar a chave e dar ao setor privado o protagonismo dos investimentos".

Contato: aline.bronzati@estadao.com e marcelo.fernandes@estadao.com
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