Economia & Mercados
08/04/2019 10:40

Economia/Megale: Discussões podem gerar ajustes na Previdência, mas devem levar à aprovação


Rio, 08/04/2019 - O secretário da Indústria, Comércio e Inovação do Ministério da Economia, Caio Megale, afirmou que as discussões em torno da reforma da Previdência podem gerar ajustes na proposta do governo Jair Bolsonaro, mas ele mantém a confiança de que o texto deverá ser aprovado. “Boa parte do crescimento do gasto corrente nas três esferas vem da dinâmica da Previdência... As discussões podem gerar ajustes, melhorias, mas devem levar à aprovação (da reforma)”, disse, durante palestra no do 8º Encontro de Resseguro do Rio de Janeiro, promovido entre hoje e manhã pela Federação Nacional das Empresas de Resseguros (Fenaber) em conjunto com a Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg).

Megale, que antes de assumir um cargo na secretaria da Indústria, atuou na Fazenda de São Paulo, destacou ainda que reformar a Previdência de Estados e municípios é fundamental. Segundo ele, está ficando muito claro para a sociedade que o crescimento acelerado dos gastos públicos nas últimas décadas chegou em um nível que está começando a obstruir a economia. Não há, conforme ele, fontes de financiamento para o patamar atual dos gastos públicos, que inviabilizam a retomada dos investimentos por parte do governo.

“A retomada (do País) é investimento público, o que não está acontecendo”, destacou Megale.

Além de a dívida pública estar em um patamar elevado e sua tendência ser preocupante, o secretário enfatizou ainda a carga tributária do País que, mesmo comparada a economias mais modernas e mais maduras, é muito elevada. O governo entende, conforme ele, que não há espaço para aumentá-la e, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o plano para frente é de redução da carga tributária.

O secretário disse ainda que o governo está de ouvidos abertos para o mercado privado, ressaltando a necessidade de trabalhar em conjunto no intuito de desobstruir as vias da economia. De acordo com ele, setor público e privado “precisam estar próximos”. Afirmou ainda que a retomada da economia é um trabalho que tem de ser feito não só pelo governo, mas por toda a sociedade.
(Aline Bronzati - aline.bronzati@estadao.com)

A repórter viajou a convite da da CNseg
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